Um crime inusitado tem chamado a atenção das delegacias de proteção à mulher no Brasil. Não é mais tão raro homens usarem aparelhos eletrônicos para registrarem partes íntimas de mulheres por baixo de suas saias sem que as vítimas percebam enquanto estão em estabelecimentos comerciais, por exemplo. Nos últimos meses, o Portal Engeplus registrou dois casos na região Sul catarinense. No fim do ano passado, uma confusão entre um homem e uma mulher foi registrada em um mercado do Balneário Rincão. A vitíma, de 44 anos, estava na fila do caixa, quando percebeu um homem de 37 anos de idade com um telefone celular filmando por baixo da sua saia. Ele foi levado para Delegacia de Polícia.

Já no fim do mês de março deste ano, um professor, de 39 anos de idade, morador de Araranguá, foi preso em flagrante por armazenar fotografias de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito e outros materiais de pornografia. De acordo com o delegado coordenador da DIC de Araranguá, Jorge Giraldi, o homem usava a câmera do telefone celular também para filmar as partes íntimas de mulheres e adolescentes em estabelecimentos comercias. Ele estrategicamente posicionava o telefone para captar as imagens. Em cenas captadas de um circuito de um estabelecimento comercial de Araranguá, o acusado aparece tocando as nádegas de uma adolescente. A DIC ainda apreendeu na casa do acusado um tablet, a câmera fotográfica usada nas filmagens (foto acima), um binóculo e um espelho adaptado na ponta de um rodo.

O delegado da Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança, ao Adolescente e ao Idoso de Criciúma, Fernando Possamai, frisa que as mulheres, ao notarem que estão sendo vítimas dessas atitudes, devem denunciar os autores para que a delegacia tome conhecimento e o responsável seja punido. “A Polícia Militar deve ser acionada e ir até o local do crime, pois, posteriormente, os envolvidos serão levados para Delegacia de Polícia e ouvidos”, orienta.

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Neste caso, um Termo Circunstanciado (TC) por importunação ofensiva ao pudor é realizado contra o criminoso, que pagará multa por importunar alguém, em lugar público ou de acesso ao público, de modo ofensivo ao pudor. Ele vai responder em liberdade e o caso será julgado em um juizado especial de pequenas causas. O delegado ainda reforça que as mulheres não devem ter vergonha de denunciar estas práticas criminosas.

Nesta quarta-feira, conforme o Portal de notícias G1, um homem com 31 anos foi flagrado fotografando partes íntimas de uma mulher em um shopping, no interior de São Paulo. Ele era monitorado há uma semana pela Polícia Civil e, pelo menos, três mulheres foram filmadas pelo homem. A última vítima foi uma mulher de 33 anos de idade que está grávida.