Fiscalização

Na volta às aulas em Criciúma, superintendência de trânsito encontra vans irregulares

Fiscalização deve continuar durante todo o ano letivo

Por Laura Bazzei - laura.bazzei@engeplus.com.br

Em 10/02/2025 às 11:00
imagem da noticia
Foto: Divulgação/DTT

Nas primeiras horas do ano letivo de 2025, uma van escolar irregular foi identificada no bairro Quarta Linha, em Criciúma. As aulas da rede municipal e estadual de ensino retornaram na manhã desta segunda-feira, dia 10, e a Superintendência de Trânsito está fiscalizando os meios de transportes que levam estudantes até suas unidades escolares. 

De acordo com o superintendente de trânsito de Criciúma, sargento Edno Carmélio Dutra, quando assumiu o cargo, realizou um levantamento e verificou que das 80 vans escolares cadastradas, 58 estavam irregulares. “As maiores faltas notadas nas vans são vistorias, que envolvem pneus, cinto de segurança, o estado do veículo, se o condutor é habilitado na categoria D e se ele tem um curso de transporte escolar”, explicou.

Para obter a autorização e poder conduzir uma van escolar existem alguns requisitos básicos: o motorista precisa ter 21 anos de idade e ter o curso de transporte escolar. A van deve passar por duas vistorias, uma do município e a outra do estado e ao ser aprovada, ganha permissão para trafegar dentro da cidade. “Muitas pessoas estão procurando a Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) para fazer o seu cadastro. E nós temos notado um avanço nas regulamentações”, comentou em entrevista ao Portal Engeplus.

Continua após anúncio
Fim do anúncio

Preservar vidas e a segurança das crianças

Conforme o superintendente, a segurança das crianças no transporte escolar deve ser uma preocupação constante para os pais. No entanto, muitos responsáveis não verificam se os condutores das vans possuem a documentação e os treinamentos necessários para realizar o serviço com segurança. “Eu deixo aqui o recado, que os pais liguem para contratar uma van. Existe preço diferente, concordo, mas o preço mais barato que ele vai pagar é o condutor que não vai estar habilitado na categoria D. Está pondo em risco a vida do seu filho. Por quê? Quando se faz o curso de transporte escolar, sabe a velocidade que anda na via, o tipo de frenagem que tu vai dar com a van, vai acoplar todos os cintos de segurança dos seus filhos. Já o condutor que não é habilitado não sabe nada disso”, informou Dutra.

Além da qualificação dos motoristas, o trajeto percorrido pelas vans também deve ser um fator de atenção para os pais. “Procurarem as vans mais próximas da sua residência. Muitas vezes, a criança entra na van às 17h30 e só chega em casa às 19 horas. O percurso é longo, e os pais precisam saber quanto tempo o filho vai ficar dentro do veículo”, destacou.

Em Criciúma, há uma associação de transporte escolar e um cadastro na Diretoria de Trânsito e Transporte que reúne vans regulamentadas. “Os pais devem procurar veículos cadastrados e próximos de casa, garantindo mais segurança para os filhos. E aos motoristas que ainda não se cadastraram, fica o pedido para que regularizem sua situação”, comentou.

Gerestar

Em Criciúma, os pais que buscam seus filhos nas escolas localizadas em áreas com estacionamento rotativo podem utilizar o pisca-alerta do veículo como um sinal para os monitores de trânsito. “Os colégios como Lapagesse, Marista, São Bento e Michel estão em áreas de grande fluxo. Por isso, foi liberado um tempo de 20 minutos nos horários de entrada e saída dos alunos: às 7 horas, 11h30 e 17 horas”, explicou Dutra.

A liberação do tempo gratuito e a sinalização com o alerta piscante são medidas adotadas para melhorar o fluxo de veículos nas proximidades das escolas e evitar congestionamentos. “Foi um diálogo muito positivo com o responsável do Gerestar, e agora os pais podem buscar os filhos com mais tranquilidade”, complementou.

Conscientização

A conscientização dos pais é essencial para garantir um trânsito mais seguro e organizado no entorno das escolas de Criciúma. De acordo com o coordenador dos agentes de trânsito, Thiago Xavier Fagundes, o uso indevido de vagas especiais tem sido uma prática recorrente e prejudica quem realmente necessita desses espaços.

“Muitas pessoas param em vagas destinadas a idosos, portadores de necessidades especiais e até mesmo em áreas de carga e descarga, pensando que serão apenas cinco minutos. Mas esses espaços têm uma finalidade e precisam estar disponíveis para quem tem direito”, frisou Fagundes.

O problema se agrava nos horários de entrada e saída dos alunos, quando o fluxo de veículos é intenso. “Já tivemos casos de pessoas com deficiência que precisaram estacionar e encontraram suas vagas ocupadas indevidamente. Também acontece de caminhões chegarem para descarregar mercadorias e não conseguirem, porque alguém parou rapidamente para levar o filho até a escola”, relatou.

Para o coordenador, o respeito às regras de trânsito é uma questão de empatia. “É importante que cada motorista se coloque no lugar do outro e entenda que ocupar uma vaga especial, mesmo que por poucos minutos, pode causar transtornos. Nosso trabalho é garantir que a maioria das pessoas possam conduzir seus veículos de forma segura e consciente, mas também vamos fiscalizar essa minoria que comete infração”, concluiu.

Leia mais sobre:

criciuma,

transito,

volta às aulas.

Receba as principais notícias de
Criciúma e região em seu WhatsApp.
Participe do grupo!

Clique aqui

Confira mais de Trânsito