Por Redação Engeplus
Em 27/03/2017 às 08:32Especial: Vinícius Alexandre R. Fabrício
Desta vez o veículo testado foi o Ford Fusion Titanium AWD, sedã grande da montadora americana , cujo modelo atual começou a ser vendido no país em 2013 e de lá pra cá sofreu pequenas alterações.
Logo de cara é possível notar que o carro de fato faz jus a categoria que está inserido. É grande mesmo e tem quase 5 metros de comprimento. Isso, aliás, ao menos para mim, é algo que fez dele desde os primeiros modelos, um carro de “tiozão”. Já o atual, apesar de ainda achar que também guarda essa característica, inegavelmente ficou mais jovem e atraente, visando ampliar o seu público alvo.
As linhas evoluíram bastante, são mais agressivas e dão um ar mais jovial ao modelo. É bastante bonito, um baita de um carrão.
Completam as linhas e o requintado visual externo as belas rodas de liga-leve de 18 polegadas, os detalhes cromados nas molduras dos vidros, grade frontal e tampa do porta-malas. Também vale mencionar que todo o sistema de iluminação (faróis e lanternas) é de LED.
O acesso ao amplo interior se dá através da chave presencial (acessando diretamente a maçaneta) ou ainda por meio de senha digitada no teclado disponível na coluna da porta do motorista.
O acabamento é compatível com o que se espera de um veículo desse porte. Os bancos tem revestimento em couro e são bem desenhados e acabados, alternando entre couro liso e do tipo furadinho, com grande destaque para os controles elétricos de regulagem. Ainda, existe uma comodidade consistente em um deslocamento do assento para trás, no momento em que se desliga o carro para facilitar a saída, além da possibilidade de memorização de duas regulagens pré-definidas para acesso apertando apenas um único botão.
Na parte traseira o banco possui apoio central para braços com porta copos e o grande diferencial é o bom espaço disponível - tanto lateral quanto para as pernas. Mas nem tudo são flores, pois se o seu passageiro for alto e tiver 1,84m de altura ou mais, ele vai esbarrar levemente a cabeça no teto caso esteja nas laterais.
Há ainda detalhes em couro na forração das portas e do volante, este, por sinal, bastante completo, com controles de toda a parte multimídia, piloto automático e demais informações e configurações do veículo que são trazidas por meio de duas pequenas telas laterais no quadro de instrumentos.
Em cima há o controle da iluminação externa, porta-óculos e comandos do teto solar elétrico. Descendo ao centro está a central multimídia que aceita comandos de voz, sistema de som Sony Premium e um pouco mais abaixo os controles do ar-condicionado – Dual Zone, com difusores no banco traseiro e com refrigeração e aquecimento dos bancos.
Ainda no console central integrado existem tomadas USB e de energia, porta copos e objetos e nada de alavanca tradicional de cambio e de freio de estacionamento, substituídos por discretos controles elétricos.
Aperto o botão de partida (que também pode ser feita pelo controle – ainda do lado de fora do carro), pego a Avenida Centenário dando início ao teste e antes mesmo dos primeiros minutos já concluo antecipadamente três coisas. O carro é confortável, o motor responde bem e por fim, que preciso entender o que são as luzes piscando e os alertas sonoros que escuto.
Como esperado o grande entre - eixos, comprimento e peso total (são mais de 1.600kg) dão ao sedã uma maciez e suavidade especiais ao rodar, ainda que as grandes rodas aliadas a pneus de perfil baixo pudessem atrapalhar um pouco neste quesito. O isolamento acústico impressiona e somente se escuta o ruído do motor quando este é exigido em médias/altas rotações.
Seguindo a tendência do downsizing, o carro conta com um moderno motor 2.0 turbo, que acaba entregando desempenho melhor do que o 3.0 V6 que equipava a versão mais antiga do carro, principalmente por ter mais torque.
Óbvio que ele não é capaz de dar um desempenho digno de um esportivo ao sedã em virtude de seu tamanho e peso, mas é um “senhor” desempenho em conjunto com um cambio automático de 6 velocidades (com função Sport) e paddle-shift, com a totalidade do torque disponível em uma ampla faixa de rotações logo após os 1500 giros, capaz de proporcionar virtuosas arrancadas e vigorosas retomadas quando acelerado ao máximo.
Vai bem na cidade e conta com sistema Start&Stop, câmera de ré, assistente de partida em rampa, e aqui se explicam os bips que eu escutava, pois o carro conta com alerta de colisão com sistema de frenagem autônomo, assistente de detecção de pedestres, sistema de monitoramento de ponto cego com alerta de trafego cruzado, sistema de permanência em faixa e piloto automático adaptativo.
Resumindo ele freia se o transito pára de forma abrupta, alerta quando algum pedestre se aproxima de forma perigosa, detecta objetos (carros, motos, pedestres, etc.) nos pontos cegos, alerta e ajuda o motorista a se manter na faixa de rolagem e o piloto automático se ajusta automaticamente de acordo com a velocidade do fluxo de veículos.
O carro também possui sistema de estacionamento automático de segunda geração, que faz com que a tarefa de fazer baliza se torne mais simples, uma vez que o motorista, depois de encontrar a vaga com a ajuda dos sensores, só tem o trabalho de controlar o carro através do acelerador e do freio, bem como trocar de marcha.
Apesar de pesadão, os freios a disco com ABS,EBD e EBA, fazem com que o carro freie muito bem, sem rolar muito frontal ou lateralmente e é nas curvas que ele mostra o seu grande diferencial mecânico. A tração integral AWD é algo espetacular e contornar as curvas se torna algo prazeroso, divertido e principalmente seguro, sem qualquer susto ou indicativo de que o carro vai derrapar.
O veículo foi cedido gentilmente pela Concessionária Forauto Veículos Criciúma.
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