HOLANDA

Amsterdam, cidade da liberdade e dos canais

Encontra-se uma diversidade tão rica de pessoas que, sim, dá vontade viver lá para sempre

Por Redação

Em 28/02/2017 às 06:32
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ESPECIAL / Darlete Cardoso
(Colaboração: João Lucas Cardoso)

Depois de atrasos e correrias em função nos aeroportos de Florianópolis e São Paulo, chegamos, eu e meu filho João Lucas, ao nosso primeiro destino europeu no começo da tarde: Amsterdam, lugar escolhido para passar o Natal.

Que cidade mais lindaaaa! Foi o que consegui dizer já nas primeiras caminhadas, depois de deixar a bagagem no hotel, a 100 metros da Praça Dam, no coração da cidade.

O Palácio Real ou Knoinklijk Paleis, prédio da antiga prefeitura que o rei Louis Napoleão transformou em palácio, domina o cenário da Dam. A Nieuwekerk ou Igreja Nova, que não é mais igreja, mas um museu, está bem ao lado. Na outra ponta, o Memorial da Guerra, monumento dedicado às vítimas das guerras e, em particular, da Segunda Guerra Mundial.

O Museu de cera fica do outro lado, e mais: pombos, artistas de rua, turistas fotografando e locais fazendo compras de Natal completam a paisagem. Uma diversidade tão rica de pessoas, convivendo e descobrindo cada uma a sua cidade. Sim, dá vontade viver lá para sempre.

Passamos a primeira tarde perambulando pelas ruas, admirando os casarios à beira do anel de canais que fazem de Amsterdam uma cidade ímpar. Ao escurecer, o cintilar das luzes de Natal davam um charme mais que especial a esta cidade charmosa por natureza.

CANAIS, BICICLETAS E TULIPAS
Os canais e as tulipas, não necessariamente nesta ordem, são símbolos de Amsterdam, assim como as bicicletas. Perambular pelas ruas é a melhor coisa para se fazer, atravessando pontes e mais pontes que ligam seus canais, muitos deles desembocando no Rio Amstel, origem do nome da cidade.

Dizem que tem cerca de 160 canais em mais de 100 quilômetros de extensão e perto de 1.300 pontes. Isso quer dizer que tem mais canais e pontes que Veneza (150 canais e 410 pontes).

Ver a cidade da água, a bordo de um barco em um cruzeiro pelos canais, é outra proposta imperdível. Parece que fica ainda mais linda, com suas mansões históricas e arquitetura que fazem a singularidade de Amsterdam.

Ficar atento nas ruas é imprescindível. O perigo de ser atropelado não vem dos carros, mas das bicicletas. Estão por todos os cantos, estacionadas ou circulando. Sim, fique alerta. As pessoas voam em suas bikes pelas pontes e ruas estreitas.

E as tulipas... Imaginei que iria ver só as de plástico, por ser inverno. Ledo engano. Têm feiras e até um museu da flor símbolo de Amsterdam. Você pode comprar sementes para plantar quando quiser no Bloemenmarket, o chamado mercado flutuante, ou no Nieuwmarkt, ambos na região central.

Entre tantas feiras e mercados abertos, vale conferir o Waterlooplein, um imenso mercado de pulgas. No segundo, o Nieuwmarkt, além de produtos típicos, pode-se provar o Oliebollen, um bolinho frito cravejado de uvas passas e groselha ou outras frutas secas, e as Poffertjes, minipanquecas servidas com cremes ou chocolate.


Oliebollen


Poffertjes

Essas comidinhas são encontradas em barracas e cafés por toda cidade. Assim, ir a Amsterdam e não comer um stroopwafel, dois biscoitos unidos com caramelo, ou um waffles coberto com chocolate e morango não tem a menor graça. Para quem gosta de aventuras degustativas, provar o típico haring (arenque), que se come cru, é uma opção.


Waffles com chocolate e morango

LIBERDADE E TOLERÂNCIA
Pode-se dizer que Amsterdam é uma cidade bem resolvida por vários motivos. Entre eles, a tolerância ao uso de drogas consideradas leves, como maconha e haxixe. Mas existem lugares específicos para isso: os coffeeshops, onde se pode Consumir o produto em forma de cigarros ou comidinhas ‘aditivadas’, como brownies, cookies e outros quitutes (sorvetes, balas).

Não confundir coffeeshop com cafés, pubs e bares. Nem com os koffiehuis, que são cafeterias como em qualquer outro lugar do mundo.

Outro motivo que demonstra liberdade e tolerância é o Red Ligh District ou bairro da luz vermelha, com ‘modelos’ em vitrines. A prostituição é considerada uma profissão legalizada, com direitos trabalhistas e tudo que isso implica. O bairro fica bem próximo ao centro e integra-se normalmente à vida da cidade. Contudo, é de bom tom não fazer fotos, claro.

Confesso que a gente, dona de uma cultura conservadora, pode ficar meio encabulada em circular por esses lugares. Entretanto, abrir a mente é fundamental para entender a cidade das liberdades.

ARTE E CULTURA
Dezenas de museus estão espalhadas pela cidade para caber tanta história dos Países Baixos. A capital mais populosa da Holanda foi fundada oficialmente em 1275.  Até então era um povoado de pescadores. Visitar todos é impossível. Então, escolhemos alguns conforme nosso gosto.

O Museu Casa de Rembrandt fez parte do roteiro. Localizado na praça que leva o nome do artista, mantém as características da moradia onde o mundialmente famoso pintor viveu dedicado à pintura entre 1636 e 1658.

Reflexão e emoção na casa de Anne Frank, a do diário. É impactante ver onde oito pessoas viveram por mais de dois anos escondidos dos nazistas durante a 2ª guerra mundial.  Quem se emocionou ao ler o ‘Diário de Anne Frank’, um dos livros mais lidos no mundo, não pode deixar de ir no anexo de dois quartos minúsculos, cozinha, banheiro e sótão que os Frank dividiram com os Van Pels e Pfeffer até serem levados para Auschwitz.

Na Museumplein ou simplesmente praça dos museus, a do letreiro I Amsterdam que todos querem fazer uma foto, ficam três dos mais importantes. O Rijksmuseum, Museu Nacional da Holanda, o Van Gogh e o Stedelijk, Museu de Arte Moderna.

Escolhemos conhecer os dois primeiros, mas se você não tiver disposição para ficar muito tempo em pé e andar muito nas imensas salas – o Rijks é gigante, com quatro pisos, curtir só a praça já é sensacional. Os próprios prédios são obras de arte.

Para fechar o circuito de museus, não poderia faltar na agenda o Heineken Experience, uma verdadeira experiência da história da cerveja, localizado no edifício construído em 1867 e onde foi fundada a primeira cervejaria da marca holandesa. Além da história da ‘loira’, o museu oferece atrações interativas e, claro, degustação.

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