Por Redação Engeplus
Em 25/03/2025 às 16:04Com o objetivo de relembrar os 51 anos da maior tragédia natural da história de Tubarão e encaminhar ações efetivas de prevenção a novos desastres, foi realizado nessa segunda-feira, dia 24, o 16° Seminário da Enchente de 1974. Com o tema “Memória, prevenção e reação eficientes”, o evento ocorreu no Auditório da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel) e contou com a presença de autoridades políticas estaduais e municipais, além de especialistas na área ambiental.
O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, do Complexo Lagunar e Bacias Contíguas foi uma das entidades responsáveis pela organização do seminário, o qual está previsto na Lei Municipal de Tubarão e ocorre todos os anos no mês de março. Na oportunidade, o secretário municipal de Proteção e Defesa Civil e secretário executivo do Comitê, Rafael Marques, apresentou um histórico das inundações do Rio Tubarão e uma atualização do Plano de Contingência da cidade.
“Fizemos uma narrativa das diversas inundações ocorridas ao longo dos anos, incluindo as mais recentes, em 2022 e 2023, mostrando o quanto a nossa região está suscetível. O principal objetivo é sensibilizar o Governo do Estado para que atualize, o mais rápido possível, o Projeto de Redragagem do Rio Tubarão, feito em 2013 e que precisa ser atualizado para, assim, dar andamento na redragagem e melhora da vazão do rio”, declara Marques.
Representando o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, o coordenador regional da Proteção e Defesa Civil, Eron Flores, explanou sobre a situação da atualização do Projeto de Redragagem do Rio Tubarão. O presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, do Complexo Lagunar e Bacias Contíguas, Woimer José Back, realizou uma apresentação sobre a importância do engajamento dos municípios e o que eles podem fazer para reduzir os efeitos das cheias e garantir a preservação da qualidade das águas.
“Não temos a evolução que esperávamos, mas o nosso objetivo também é sensibilizar as autoridades e órgãos competentes a respeito dos riscos apresentados nessa região caso haja uma nova cheia do rio, o que, com certeza, ninguém quer que aconteça novamente. Esperamos que, gradativamente, as autoridades municipais trabalhem nessa linha de prevenção, preservação e melhoria dos recursos hídricos”, pontua Back.
O coordenador da Comissão de Acompanhamento dos Projetos de Contenção de Cheias na Bacia do Rio Tubarão, engenheiro Claudemir Souza dos Santos, também abordou a redragagem do Rio Tubarão. Já o diretor executivo da Amurel, Celso Heidemann, e o founder da SmartCity Tec, Gilsoni Lunardi Albino, apresentaram o Projeto Amurel Conectada.
O evento contou, também, com a presença do prefeito de Tubarão, Estêner Soratto da Silva Júnior; do vereador Maurício da Silva, autor da lei de realização anual dos seminários; do vice-presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Patrício Fileti, que representa a Amurel no órgão; Maicon dos Reis Soares, da Associação dos Pecuaristas de Tubarão e Região; Bruno de Souza Sodré, do Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC); Yuri Kuzniecow, da Associação Empresarial de Imbituba (ACIM); Daniela Milanez Zarbatto, da Câmara Técnica de Proteção e Defesa Civil; entre outros profissionais da área.
O encontro é idealizado pelo Comitê Tubarão e Complexo Lagunar em parceria com a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Tubarão, com a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, assim como a Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos Vale do Rio Tubarão (AREA-TB), com apoio da Regional da Amurel e da Secretaria da Proteção e Defesa Civil do Estado.
Reinauguração de monumento
No fim da manhã, o 16° Seminário – 51 Anos da Enchente de 1974 foi encerrado na Praça Orlando Francalacci, localizada no Centro da cidade, com a reinauguração do monumento em alusão às obras de dragagem e retificação do Rio Tubarão, realizadas pelo Governo Federal no período de 1978 a 1982. A estrutura teve peças metálicas recuperadas, revisão do nível daquela enchente, bem como a alteração e reinstalação de suas placas descritivas.
O monumento foi construído em uma estrutura de concreto e metal, como símbolo do controle das cheias do Rio Tubarão. Partes do equipamento utilizado para dragar o rio foram utilizados na composição da estrutura, a qual lembra a importância da manutenção e monitoramento do rio como meio de evitar outra tragédia, como a inundação ocorrida 51 anos atrás.
A enchente de 1974
O dia 24 de março de 1974 ficou na história de Tubarão e região, por conta da maior enchente do século 20 registrada no município. Diante da quantidade de chuva, o nível do Rio Tubarão elevou e a água tomou conta da cidade, invadindo empresas, comércios, residências e causando mortes em 13 cidades do Sul do estado. Por três dias, 90% da cidade esteve submersa, o que deixou 60 mil desabrigados e três mil casas destruídas. Até hoje, não há a confirmação sobre o número total de vítimas.
Colaboração: Vanessa Amando/Expressio Comunicação
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