Por Douglas Saviato - douglas.saviato@engeplus.com.br
Em 27/03/2017 às 14:15Já são 13 anos de um dos maiores eventos climáticos do Brasil. No dia 27 de março de 2004 todo o Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul estava apreensivo e alerta no aguardo do primeiro furacão oficial registrado no país. Muitos acreditavam que o fenômeno não viesse, mas sua passagem ocorreu ao longo daquele dia 27 derrubando árvores, obstruído vias, deixado casas destelhadas, feridos e moradores desabrigados. Depois de 13 anos, nenhum evento climático semelhante superou a fúria do Catarina, que, segundo pesquisas posteriores, confirmaram rajadas de vento de até 180 Km/h.
Os danos foram severos, com a destruição de cerca de 1,5 mil residências e danos em mais de 40 mil. Os prejuízos na agricultura da região foram grandes, onde 85% da produção da banana e 40% da produção de arroz foram perdidos. A região mais afetada foi entre Passo de Torres e Araranguá. Além de vias obstruídas e dezenas de casas destelhadas, em Araranguá, a força do furacão Catarina tirou a vida de um morador. Um homem morreu ao tentar fugir das fortes rajadas, porém, o carro utilizado na fuga nem chegou a sair do lugar.
Morte registrada
A moradora do bairro Sanga da Toca Primeira, em Araranguá, comunidade localizada no KM 423 à margem da BR-101, Maria Elisete Rosa Pires, lembra da tragédia.“Uma família tentou sair de casa, pois pensava que o forte vento destruiria o local em que estavam. O homem, sua esposa, acompanhado do filho, da nora e do neto entraram em um Fusca, mas antes de partir a nora retornou até a residência para buscar mais roupas para o filho. Quando ela voltou uma árvore caiu sobre a parte dianteira do carro”, recorda.
O homem morreu ainda no local da fatalidade. Sua esposa ficou presa nas ferragens e foi retirada com auxílio de vizinhos, que também ajudaram o filho, a nora e o neto a saírem do automóvel. Quebrando os vidros do Fusca, os populares retiraram a família do carro, enquanto aguardavam a chegada do Corpo de Bombeiros. Posteriormente, a esposa da vítima passou por uma cirurgia e teve que retirar o baço. Poucos dias depois da passagem do furacão, a família deixou a região.
Arquivo Jornal da Manhã
Velocidade de vento
A velocidade do vento é medida através de uma escala, que varia de um a cinco. A velocidade nível um varia entre 129 Km/h e 153 Km/h. De acordo com o meteorologista da Epagri de Florianópolis, Clóvis Lavien Corrêa, o nível dois é estabelecido entre 154 Km/h e 174Km/h e o três entre 175 Km/h e 209 Km/h. Já no nível quatro a velocidade do vento chega entre 210 Km/h e 149 Km/h. No nível cinco, a velocidade do vento ultrapassa os 250 Km/h.
Probabilidade de outro fenômeno
Alguns fatores corroboram para a formação de um furacão, o primeiro deles é a baixa pressão atmosférica, acompanhada pela alta umidade do ar, o que acaba formando o olho do furacão e seus aspirais. Outro fator fundamental é em relação ao vento da superfície e de alto nível. Os dois devem estar parecidos. Segundo Corrêa, essas regras são baseadas por vários estudos nos Estados Unidos, em instituições na Europa e alguns países asiáticos. “É um fenômeno que ocorreu e pode ser repetido, mas para que sua formação aconteça é preciso de combinações de várias características, portanto, é difícil que ocorra”, destaca.
Imagens: Arquivo RBS TV/ Edição: Nilton Dal Pont/RBS TV
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