Por Rafaela Custódio -
Em 07/10/2024 às 14:51A Câmara Municipal de Criciúma verá um aumento na representação feminina, com quatro mulheres ocupando cadeiras a partir de 2025. A mudança reflete um avanço na igualdade de gênero na política local e promete trazer novas perspectivas e abordagens às discussões legislativas.
Em 2020, Roseli de Lucca (PSDB), Giovana Mondardo (PCdoB) e Geovana Zanette (PSD) foram eleitas. Mas apenas duas delas atualmente ocupam cadeiras na Câmara, já que Roseli deixou o Legislativo para atuar no Executivo.
Para 2025, Giovana e Geovana foram reeleitas. Junto a elas somam-se Dudi Sônego (PSD) e Gorete Boaroli (PSDB), que foram eleitas para a Câmara de Vereadores na eleição desse domingo, dia 6.
Atualmente, Criciúma possui 82.113 eleitoras (53%) e 72.525 eleitores (47%). A reportagem do Portal Engeplus conversou com as quatro vereadoras sobre a importância do aumento da representatividade feminina na Câmara. Confira abaixo o que elas disseram:
“Entendo porque não tem tanta mulher na política, nossa carga horária é diferente. Temos que nos preocupar com tantos detalhes, mas conseguimos pensar em muitas coisas ao mesmo tempo, não desmerecendo os homens, mas ao longo da campanha mesmo isso é nítido que nossa corrida é diferente e tem que ter muita força. Já tenho um bom relacionamento com as três vereadoras eleitas e todas são inspirações e referências na política. Na Câmara, minhas bandeiras serão a assistência social, projetos sociais, associações de moradores e instituições. Foi isso que me trouxe até aqui”.
Dudi Sônego, que recebeu 1.771 votos.
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“Nós somos 17 vereadores e agora com quatro mulheres. Primeiro que as mulheres possuem um olhar diferenciado sobre questões sociais, pautas femininas e, claro, as questões dos bairros. Sabemos que têm questões públicas femininas que são importantes e terão uma força maior, questão social também envolvendo vagas em creches, por exemplo. Precisamos conquistar um local adequado para mulheres que sofrem violência. Sempre faço um trabalho ouvindo a rua e tentando resolver. Precisamos estar juntas das comunidades e atuando”.
Geovana Zanette, que recebeu 2.033 votos.
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"As mulheres estão muito mais comprometidas com as causas que as atravessam. E falo isso porque o nosso mandato apresentou 30 leis, a maioria foram aprovadas. Foram 30 leis e a maioria delas para enfrentar a violência contra as mulheres, ou para reunir e produzir dados, estatísticas melhores, para construir melhores políticas públicas para as mulheres. Acho que isso é fundamental para o período que a gente vai enfrentar nos próximos quatro anos, não só na Câmara de Vereadores, mas uma discussão de intensificação de maior representação das mulheres na política. O Brasil ainda é muito mal posicionado sobre esse aspecto. É um dos países que tem o pior índice, está na posição 194 da inserção de mulheres na política. É um país que, mesmo com a lei de cotas, ainda avança a passos muito curtos sobre a representação de mulheres. E, na minha opinião, é possível que o Congresso e que muito em breve a gente aprofunde uma discussão sobre a garantia de mulheres eleitas e não de cadeiras, não de vagas nas chapas, ou seja, garantia de eleição de mulheres mesmo. Isso porque, se os partidos são a representação da sociedade, eles, portanto, repercutem também os erros da sociedade e essa dificuldade da representação das mulheres por diversos aspectos, pelo trabalho do cuidado, pelo trabalho doméstico, pelo trabalho formal. E tudo isso vai afastando as mulheres da política, então fico muito feliz como procuradora especial da mulher, tendo criado essa procuradoria. Que tem o objetivo não só de fomentar mais mulheres na política, mas também de buscar formas de enfrentamento às violências, inclusive à violência política de gênero".
Giovana Mondardo (PC do B), que recebeu 3.481 votos e foi a vereadora mais votada de Criciúma.
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“Nós precisávamos de mais representantes mulheres na Câmara de Vereadores. As mulheres são maioria entre o eleitorado e nas minhas reuniões sempre falei que precisávamos de mais mulheres no legislativo. Quando uma mulher vai para a política, também vai uma mãe, uma avó, quando pensamos em política pública, pensamos nos netos, nos filhos e em toda a família. Temos quatro representantes, mas ainda poderia ser melhor, porém progredimos bastante. A representatividade feminina, ela dará uma guinada, as mulheres pensam muito social”.
Gorete Boaroli (PSDB), que recebeu 2.492 votos.
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