Dez cães, quatro raças, uma só função: proteger a sociedade

As pessoas não estão acostumadas a vê-los nas ruas diariamente, mas a proteção dos dez cães da Polícia Militar (PM) acontece 24 horas por dia. Eles são treinados para trazer ainda mais qualidade e precisão ao serviço dos policiais.

Atualmente, a corporação do 9º Batalhão de Criciúma conta com dez cães, sendo de quatro raças diferentes:  Pastor Alemão, Rottweiler, Labrador e Pastor Belga.

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O Comandante da Companhia de Patrulhamento Tático - CPT, Mário Luiz Silva comenta que os cães normalmente começam a ser adestrados aos seis meses, e que o treinamento leva um ano e meio para o cachorro estar preparado. Entretanto, o adestramento é realizado diariamente, isso porque o cachorro está em constante aprendizado.

“Normalmente, os cachorros trabalham durante seis anos, isso significa que geralmente ele para de estar nas ruas com oito anos, mas isso não é uma regra”, explica.

De acordo com o comandante, os cães ficam na corporação desde pequenos e mesmo depois de se aposentarem recebem os mesmos cuidados e amor. “Eles fazem parte da corporação, quando se aposentam é um misto de sentimento como satisfação pelo trabalho realizado e também de tristeza por ele não estar mais todos os dias com os policiais, trabalhando”, afirma.

Silva relata que os cães conseguem trazer precisão ao trabalho que muitas vezes não consegue ser realizado pelos policiais. Além disso, os animais são peças importantes na rotina do Batalhão, e  os agentes contam com as funções realizadas pelos animais.

Cães conhecidos

Segundo o Comandante Mário, uma das fêmeas do grupo – Flecha - já é conhecida dos criminosos. Ela traz precisão e certeza no faro, e com isso consegue mostrar com exatidão onde estão os entorpecentes, por exemplo. 

"Quando os policiais avisam que irão trazer a cachorra, os criminosos já conhecem o potencial do animal e muitas vezes acabam entregando as substâncias", destaca o policial.

Projetos

A Polícia Militar e a Associação de Amigos do Autista (AMA) de Criciúma possuem um projeto em conjunto. Uma vez por semana as crianças são levadas até o Batalhão e realizam atividades com o cão Marley, da raça labrador. “Já tivemos resultados muito positivos. Uma criança autista que era não verbal vinha trabalhando com o Marley e chegou um dia no canil e o chamou pelo nome. Isso foi fantástico”, festeja o comandante Mário.

Canil

O comandante ainda dá destaque para o canil em que os cachorros ficam. De acordo com ele, o local precisa de manutenção diária e até melhorias para o futuro, mas o canil de Criciúma é um dos melhores do Estado em relação a estrutura. Além disso, os animais possuem controles de doenças, cuidados veterinários e, principalmente, muito amor.