Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 14/12/2023 às 13:04O antigo pavilhão da Cecrisa deve se tornar um marco para a inovação em Criciúma. Esta é a promessa do prefeito Clésio Salvaro (PSD), que planeja para o local a instalação de um condomínio empresarial com capacidade de abrigar até 30 empresas de alto valor agregado, não poluentes e voltadas para a tecnologia.
A área, com cerca de 60 mil metros quadrados (m²), pertence às Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Nessa terça-feira, dia 12, a Câmara de Vereadores autorizou a compra do imóvel e a prefeitura pagará cerca de R$ 10,5 milhões. O próximo passo é encaminhar o processo para aprovação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), onde Salvaro entende que não haverá impasse.
Prefeitura vai pagar cerca de R$ 10,5 milhões pelo imóvel. (Fotos: Thiago Hockmüller/Portal Engeplus)
“Eu tenho certeza que quando esse projeto chegar na Assembleia será aprovado de imediato. Eu acho que isso não é o problema, até porque está consensuado entre o governo, que é o maior acionista, e os próprios acionistas da Celesc que já aprovaram. Também foi aprovado por unanimidade pelos acionistas, de forma que eu não vejo problema nenhum”, explica.
Enquanto a venda tramita na estrutura do Governo do Estado e na Assembleia, a prefeitura desenvolve o projeto para uso da área, como parcelamento do solo, e também estuda modelos semelhantes que deram certo em outras cidades, como em Porto Alegre, capital gaúcha.
“É o setor da economia que mais cresce na nossa cidade, que não é diferente do estado de Santa Catarina e do Brasil. Criciúma é um celeiro de empresas de tecnologia. Aqui vai ser o maior centro de inovação tecnológica, talvez, do país. É uma área gigante. Nós devemos conhecer alguns projetos que deram certo, que são áreas bem menores, como o Instituto Caldeiras em Porto Alegre, no vizinho estado do Rio Grande do Sul. O certo é que nós podemos medir Criciúma no ramo da tecnologia antes e depois deste espaço que nós vamos disponibilizar para os interessados”, argumenta o prefeito.
Desmanche pode iniciar ainda neste ano
Ao entrar no pavilhão é perceptível o estado de abandono, com bastante lixo e mato. Ao longo dos anos, árvores também cresceram, ganharam altura e ultrapassaram o telhado. Nesta quinta-feira, dia 14, uma comitiva liderada pelo prefeito inspecionou a área e discutiu ideias, tanto para limpeza como aproveitamento do espaço. Participaram profissionais de entidades como a Associação Empresarial de Criciúma (Acic), o Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Criciúma (Sinduscon), a Satc e a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), além de membros do governo municipal e vereadores.
A limpeza do pavilhão será realizada de imediato. Já o desmanche do que não será aproveitado, como o telhado e pilares, ainda dependerá da contratação de uma empresa para efetuar o serviço. Já o piso deve ser aproveitado. “Eu quero fazer um esforço gigantesco para começar ainda este ano. Eu até achava que nós poderíamos aproveitar um pouco mais. O certo é que a prefeitura pagou R$ 10,5 milhões e nós vamos vender a partir deste valor, de forma que o interessado também vai poder melhor aproveitar o que aqui vai ficar”, explica Salvaro.
A prefeitura também possui planos para a rua Antônio Daré, que passa ao lado da antiga Cecrisa. A ideia é fazer melhorias na pavimentação e torná-la um corredor entre as SCs-445 e 443, criando uma rótula próximo ao Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc).
Prédio da Polícia Científica
A área adquirida pela Prefeitura de Criciúma não engloba o prédio que abriga a Polícia Científica. O imóvel, que ainda deve receber no pavimento superior a Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil, pertence ao Governo do Estado. Salvaro afirma que caso houver necessidade de adquirir este espaço, terá no governador um parceiro para encontrar soluções.
“Eu sei que o governador Jorginho Mello, com quem eu tive a sorte de ser deputado por três mandatos com ele, é um apoiador de boas iniciativas, principalmente nesta área de tecnologia. Eu tenho certeza que se o município precisar de parte deste imóvel, ele cederá. Vamos trabalhar em cima de uma área planejada de 60 mil metros quadrados. Ali seria algo a mais. Se o estado ceder parte daquele imóvel, nós podemos ampliar este projeto. Mas nós vamos trabalhar em cima de uma área de 60 mil m², área que o município efetivamente comprou”, afirma o prefeito.
O valor pago pela prefeitura será quitado em 180 parcelas mensais e consecutivas de R$ 56.291,30. O valor das parcelas será corrigido mensalmente pela taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia).
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