Conquista

Criciumense se torna primeiro brasileiro a dar a volta ao mundo de helicóptero

Viagem finalizou com a chegada no aeroporto de Jaguaruna

Por Jessica Rosso Crepaldi - jessica.rosso@engeplus.com.br

Em 02/10/2024 às 17:57 - Atualizada há 8 meses
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Foto: Reprodução/Mídia Social

O criciumense André Borges de Freitas se tornou o primeiro brasileiro a dar a volta ao mundo de helicóptero. Ele acredita ter batido o recorde registrado pelo Guinness Book de volta mais rápida ao redor da terra com passagem pelos pontos antipodais. 

A última conquista foi do piloto britânico Peter Wilson, com quem André voou nessa aventura, e do piloto Matthew Gallagher em 2017, que fizeram a volta em 121 dias. O novo recorde seria de 106 dias. Foram 63.000 km, totalizando 340 horas de voo. Conforme o piloto brasileiro foram 35 países visitados. A viagem teve início no dia 18 de junho deste ano, com a saída do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, e finalizou nessa terça-feira, dia 1º de outubro, às 15 horas, com a chegada no mesmo ponto de partida.

O criciumense relatou que a viagem foi fantástica e destacou a sensação de estar de volta. “Ver todo mundo ali no aeroporto, esperando os familiares. Realmente foi uma experiência impressionante”, pontuou. Durante a viagem André e Peter pousaram em cima de um iceberg, passaram ao lado de dois vulcões, experimentaram um terremoto de 7.0 na Rússia, voaram por cima de tubarões, baleias, golfinhos, leões marinhos, destacando riqueza da fauna e da flora e passaram por quatro desertos no meio da viagem. 

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Os principais desafios, de acordo com o criciumense, sempre foram o tempo e o clima. “Tivemos dificuldades indo do Canadá para a Groenlândia. Enfrentamos neblina forte e chuva, para conseguirmos fazer a travessia”, destacou. 

Ele acrescentou ainda que outra travessia bem difícil foi ir da Groenlândia para a Islândia. “O combustível estava no limite e tinha um vento contra. Foi bem difícil fazer a travessia, tivemos que voar muito baixo para escapar dos ventos”, relembrou. 

Em alguns lugares, a dupla precisava esperar o clima melhorar para poderem decolar e isso durou entre cinco e seis dias, como foi o caso na Groenlândia. “Estávamos sempre preocupados em conseguir bater o recorde para o Guinness Book. Era uma coisa que nos deixava um pouco ansiosos quando ficávamos no solo”, disse.

A viagem acabou atrasando com as dificuldades, mas André acredita que as coisas saíram conforme o planejado. “Levamos à risca a nossa programação, que tinha 100 segmentos, e deu tudo certo em relação ao planejado. Só uma semana a mais, mas foi tudo conforme a gente imaginava”, afirmou.

André disse ao Portal Engeplus que a viagem trouxe reconhecimento das pessoas, que a todo momento os seguiam pelo seu canal no Youtube. Também foi possível acompanhar a aventura diariamente por meio de um link. Confira clicando aqui.

Ele comentou ainda sobre o contato feito durante a viagem com pessoas de 35 países. “Vimos que elas são muito simpáticas, não tivemos nenhum problema com pessoas sendo grossas com a gente ou alguma coisa assim. Todo mundo muito simpático, curiosos pelos voos, então foi uma coisa bacana saber que o mundo é muito positivo. Tem a situação hoje lá na Rússia, difícil, e mesmo assim as pessoas são muito, muito simpáticas com os estrangeiros. Isso foi bacana também perceber como as pessoas são tranquilas por lá”, relatou.

Outro ponto destacado pelo criciumense foi a maneira de ver o mundo de cima. “Percebemos como o mundo [eu sempre falo isso] é diferente, mas é igual, porque têm montanhas, rios, desertos, e o que diferencia um pouco uma coisa de outra são as peculiaridades[…]. Teve muita experiência de aprendizado, como voar em qualquer tipo de tempo, então foi muito bacana isso também”, finalizou.

Confira o vídeo publicado pelo criciumense sobre a aventura na reta final:

Sobre o helicóptero Robinson R66

O Robinson R66 Turbine foi o helicóptero utilizado por André e Peter. Projetado e construído inteiramente pela Robinson Helicopter Company, possui capacidade para cinco lugares e um compartimento de carga separado. Sua força vem do motor Rolls-Royce RR300 turboshaft e essa é a única peça que não é fabricada pela Robinson.

O que é ponto antipodal? 

Dois pontos serão antipodais quando opostos em relação ao centro da terra. Sobre a terra, apenas 4% da superfície possui pontos antipodais terrestres. Para a rota realizada, os pontos antipodais foram Bichura (UIUA), na Rússia e El Calafate (SWAC) na Argentina. A passagem pelos pontos antipodais é uma das rotas que classificam a volta ao mundo pelo Guinness Book.

Guinness Book

Durante a viagem, a dupla preencheu formulários e colheu assinaturas conforme as paradas ocorriam. Agora, os documentos serão encaminhados para a Federação Aeronáutica Internacional (FAI), e em paralelo para o Guinness Book. 

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