Por Vinícius Alexandre - impressoesem60minutos@engeplus.com.br
Em 26/08/2019 às 17:53O Sandero está no mercado brasileiro desde 2007 e é fruto de uma parceria da Renault do Brasil com a Romena Dacia, que é subsidiária da Renault Francesa e na Europa tem fama de entregar bom custo-benefício, principalmente considerando durabilidade e baixos valores de manutenção.
Lançada na Europa no final de 2012, a segunda e atual geração do hatch chegou ao Brasil no ano de 2014 e de lá pra cá passou por algumas mudanças, como ocorre agora com a nova versão 2020.
Mudou também a nomenclatura das versões, saem Authentique, Expression e Dynamique e entram em cena, Life, Zen e Intense, sendo que a versão testada para a tomada das impressões foi a intermediária Zen, com motor 1.0 (existe também com motorização 1.6), na cor azul iron (bonita, lembra a cor do meu Uno CS 1989).
Visual e acabamento externo
Na parte da frente não houveram grandes mudanças no design, sendo que grade frontal e parachoques sofreram algumas pequenas alterações e o formato do farol se manteve praticamente intacto, com destaque porém, para a assinatura em LED no formato C. Na traseira a maior mudança se deu com o prolongamento da lanterna que agora se estende horizontalmente sob a tampa do porta-malas.
Por falar em porta-malas, gostei de duas coisas: o tamanho, maior que o do meu carro (um hatch compacto da concorrência) e da solução encontrada para esconder o botão de abertura, escondido no miolo do logotipo da marca.
No cofre do motor também duas boas surpresas: a existência de uma área forrada na parte interna da tampa para diminuir os ruídos que invadem a cabine e o amortecedor regulando e mantendo a abertura da tampa.
Rodas de aço com calotas e pneus continental 185/85/15 completam o visual, que não sofreu alterações e mantém o já consagrado design do hatch francês, que de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), vendeu mais de 22 mil unidades no primeiro semestre deste ano.
Visual e acabamento interno
A vontade de por a "mão na massa" e sair logo dirigindo é grande, mas naquele momento foi preciso conter a ansiedade - já que o carro apesar de impecavelmente limpo e preparado, ainda não havia sido abastecido. Anderson, atencioso vendedor da concessionária assume a boleia, e eu, sigo então no banco do carona aproveitando o caminho até o posto de combustíveis para ir verificando alguns detalhes de acabamento.
As portas mesclam componentes em plástico e tecido, acabamento em black piano no puxador e alavanca de abertura cromada. O painel tem desenho harmonioso e sóbrio, sem exageros, com componentes em plástico de diversas texturas, com destaque positivo para o black piano na moldura da central multimídia. O instrumentos tem itens analógicos (velocímetro e tacômetro) e digitais (computador bordo) e os controles do ar-condicionado são analógicos(giratórios) nesta versão.
Finalizando os bancos em tecido cinza escuro com detalhes mais claros e com textura ao centro. São confortáveis e a costura clara dá um bom destaque.
Gostei x Não gostei
Volante - formato e tamanho ideais, apesar de ser de plástico é bem acabado e tem detalhes imitando aço escovado. Alavanca com controles de som e computador de bordo no canto inferior direito, bem acessível.
Botões de liga/desliga do ar-condicionado e desembaçador traseiro - faltou um pouco de capricho da equipe de design, destoaram do conjunto que apesar de simples é de muito bom gosto.
Apesar do céu um tanto nublado durante o período que estive com o carro, não houve chuva e consegui fazer uma boa avaliação do comportamento do carro com pista seca, rodando cerca de 30 minutos saindo da concessionária rumo ao centro de Criciúma e Av. Centenário sentido pinheirinho, e mais 30 minutos, aproximadamente, em trecho rodoviário, fazendo um bate-volta até Nova Veneza.
Trecho Urbano
Tanque cheio, agora é a minha vez! Assumo a direção (Anderson vai para o banco de trás; Eduardo, nosso produtor, pula pro banco do carona) e começo a fazer os ajustes para encontrar uma posição ideal de condução. Nesta versão os retrovisores não são elétricos, e o ajuste se dá com aquela pequena alavanca manual. Banco e volante possuem regulagem de altura, ponto positivo.
O ronco do 1.0 de três cilindros é gostoso de ouvir e um convite para acelerar mais que o necessário. Para diminuir o impulso de pisar fundo no pedal direito, o carro conta com Eco Scoring e Eco Coaching (meu deus, até aqui!) que visam ensinar o motorista a dirigir de forma mais econômica, algo que certamente será bem útil no dia a dia.
Logo é possível perceber a vocação urbana do carro, que tem bom torque disponível em uma faixa baixa/média de rotações do motor, fazendo com que o mesmo tenha desenvoltura para enfrentar o anda/para do trânsito urbano sem complicações, sem exigir muitas trocas de marcha e priorizando eficiência no uso do combustível. Surpreendeu o fato de que seguindo as indicações para trocas de marcha (uma luz verde acende lado esquerdo do painel), eu estivesse andando pela Av. Centenário em 5ª marcha a algo em torno 45-50 km/h, sem qualquer dificuldade do motor, sem "tremedeira".
Já que o motorzinho queria se mostrar valente, resolvi levar à prova o seu desempenho e parti em direção ao morro da TV, subindo pelo Hospital São João Batista. Tanque cheio, 3 ocupantes e apesar da limitação volumétrica das 999 cilindradas o carro não fez feio na subida íngrime. São 82cv, capazes de não nos deixar ter saudades dos antigos milzinhos que beiravam sofríveis 50cv.
Trecho Rodoviário
Do morro da TV parti em direção à Rua Álvaro Catão para seguir em direção a Nova Veneza para iniciar a parte rodoviária do teste, situação ideal para poder sentir melhor o comportamento do carro em aceleração, conforto acústico, frenagem e curvas.
O carro desenvolve bem, mostra força e tem sua zona de conforto, digamos assim, em regime médio de rotações (entre 3000-4000 rpm), mas tem fôlego para, se preciso, acelerar até pouco mais de 6 mil rotações, onde parece entregar o máximo de desempenho, entrando levemente na faixa vermelha do contagiros ficando um pouco mais ruidoso, mas nada absurdo que incomode ou assuste.
Esse "gás" extra é suficiente para uma subida mais longa e íngrime, como uma serra por exemplo, sendo possível até mesmo ultrapassar o fluxo do trânsito mais lento.
Na frenagem o grande destaque, o carro segura bem e é fácil de controlar até a imobilização total, ainda que a frenagem se dê em curva ou com desvios na trajetória.
Nas curvas, sem pressão exercida nos freios a impressão é que a carroceria balança um pouquinho e isso deve se dar certamente por um acerto de suspensão com prioridade dada ao conforto em relação a esportividade (o que faz todo sentido, já que não é essa a proposta do carro).
Voltando para Criciúma, paro no topo da Rua Urussanga para fazer umas fotos com a cidade ao fundo e compilar as informações obtidas durante o teste. Em resumo, é um carro com vocação urbana, mas que encara sem problemas uma viagem com a família e bagagem, com conforto e segurança, lembrando que a versão 2020 conta com 4 airbags (2 frontais e 2 laterais) de série em todas as configurações, desde a mais básica!
Vale a pena a visita até a concessionária para fazer o testdrive e tirar as suas próprias impressões!
Eduardo neste momento já está ali com aquele olhar de gato de botas, louco pra poder dirigir um pouquinho, tadinho! Hahaha!
"Quer levar?", eu pergunto. "Claro!", responde ele com um sorriso no rosto!
Carro entregue na concessionária, todos felizes, até a próxima!
O veículo foi gentilmente cedido pela Concessionária Renault Vip Car Criciúma
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