Sucessor?

Conheça o cardeal sul catarinense que poderá votar e ser votado na eleição do novo papa

Escolha do próximo pontífice iniciará de 15 a 20 dias após a morte de Francisco

Por Lucas Renan Domingos - lucas.domingos@engeplus.com.br

Em 21/04/2025 às 10:28
imagem da noticia
Foto: Vatican Media

Após a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica se prepara para a escolha de um novo líder. O processo eleitoral, chamado de conclave, reunirá os cardeais que definirão entre eles, em votação secreta, quem será o próximo pontífice. No grupo de religiosos estará Dom Leonardo Ulrich Steiner, natural de Forquilhinha (SC). 

Conforme as regras da igreja, podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos. Os cardeais eleitores são obrigados a participar do conclave e são convocados pelo cardeal mais velho. As eleições iniciam de 15 a 20 dias após a morte ou renúncia do pontífice anterior. 

Dom Leonardo tem 74 anos e, portanto, está apto para votar e ser votado. Ele é arcebispo metropolitano de Manaus, sendo nomeado Papa Francisco no dia 27 de novembro de 2019, considerado o primeiro cardeal da Amazônia. 

Continua após anúncio
Fim do anúncio

Aproximadamente 130 cardeais estão aptos a votarem. São feitas duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde, e será eleito o cardeal que, numa dessas eleições, obtiver 2/3 dos votos, considerando presentes todos os cardeais. 

A eleição é secreta, cada cardeal coloca em uma cédula o nome em quem deseja votar. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos (os escrutinadores). Conferem, após cada eleição, se o número de cédulas é igual ao de cardeais presentes. Se algum deles for escolhido com 2/3 de votos, estará eleito; se aceitar o cargo, então, é queimada uma fumaça branca no incinerador da Capela Sistina. Se após a segunda eleição do dia não houver ainda um eleito, então, queima-se uma fumaça negra que sai na chaminé da Capela, na Praça de São Pedro. Após cada eleição as cédulas são todas queimadas pelos escrutinadores.

Biografia

Dom Leonardo Ulrich Steiner nasceu no dia 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores (OFM) no dia 20 de janeiro de 1972, quando foi admitido no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

Cursou Filosofia e Teologia em Petrópolis (RJ), de 1973 a 1978, quando os dois cursos eram integrados. Foi ordenado padre pelas mãos do cardeal Paulo Evaristo Arns, seu primo, no dia 21 de janeiro de 1978, em sua cidade natal. Por sua formação pedagógica, assumiu trabalhos na área da educação, compondo os quadros de professores das suas casas de formação. De 1981 a 1982, concluiu o curso de Pedagogia, e de 1987 a 1994 tornou-se “mestre de noviços”. A partir de 1995, o frei Ulrich se transferiu para o Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, onde fez mestrado e doutorado em Filosofia.

De 1999 a 2003 exerceu a função de secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano. De volta ao Brasil, frei Ulrich foi nomeado vigário da paróquia do Senhor Bom Jesus, Curitiba (PR), onde também passou a lecionar na Faculdade de Filosofia São Boaventura.

Dom Leonardo Steiner foi nomeado bispo em 2 de fevereiro de 2005 pelo Papa João Paulo II para a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sucedendo a dom Pedro Casaldáliga. Foi ordenado bispo no dia 16 de abril do mesmo ano, em Blumenal (SC), pelo cardeal Paulo Evaristo Arns, adotando como lema episcopal “Verbum Caro Factum” que quer dizer “Verbo feito carne”.

De 2007 a 2011, foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e vice-presidente do regional Oeste 2 da entidade, onde também foi bispo referencial para os presbíteros; para o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e para os jovens.

No dia 10 de maio de 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB, durante a 49ª Assembleia Geral. Em 21 de setembro daquele ano, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF).

Dom Leonardo foi eleito como membro delegado pela CNBB para participar como padre sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma de 7 a 28 de outubro de 2012, com o tema “A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”.

No dia 20 de abril de 2015, foi reeleito secretário-geral da CNBB. Ao lado do cardeal Sergio da Rocha e de dom Murilo Krieger, dom Leonardo mobilizou toda a Igreja no Brasil para a reforma da sede nacional da CNBB, em Brasília. Seu mandato foi concluído no dia 10 de maio de 2019.

*Com informaçãoes da CNBB
 

Leia mais sobre:

brasileiro,

papa,

Religião,

Cardeal,

leonardo steiner.

Receba as principais notícias de
Criciúma e região em seu WhatsApp.
Participe do grupo!

Clique aqui

Confira mais de Religião