Por Rafaela Custódio - rafaela.sousa@engeplus.com.br
Em 26/06/2025 às 09:36A Prefeitura de Criciúma vai fornecer sensores e leitores de glicose para todas as crianças e adolescentes de até 14 anos com diabete tipo 1 cadastradas na rede municipal de saúde. A iniciativa visa oferecer mais conforto, dignidade e qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.
O anúncio foi feito pelo prefeito Vagner Espindola (PSD) na manhã desta quinta-feira, dia 26, que destacou o impacto humano da medida. “O filho sentindo dor dói na gente também. Imagina as crianças com diabete, que precisam furar o dedinho várias vezes por dia para medir a glicose. Agora, não mais. É só aplicar o sensor no braço e acompanhar os dados pelo aplicativo ou leitor”, explicou.
A distribuição começa no próximo mês e, segundo o secretário de Saúde, Deivid Freitas, 40 crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos já estão aptas a receber o dispositivo. A proposta é ampliar o atendimento para jovens de até 18 anos, alcançando 60 pacientes. O investimento é de R$ 700 mil por ano, com recursos garantidos por meio de emenda do deputado estadual Júlio Garcia (PSD).
Segundo o secretário, o sensor representa um avanço significativo na rotina dos pacientes. “O diabético tipo 1 pode precisar furar o dedo até 10 vezes por dia. Com o sensor, esse número será drasticamente reduzido, em muitos casos para apenas um furo. Além disso, ele permitirá um monitoramento contínuo e mais eficaz da glicose, ajudando o paciente a entender como a alimentação e o estilo de vida impactam diretamente na sua saúde”, detalhou.
O sistema ainda permitirá o acompanhamento dos dados por pais, responsáveis, professores e pela equipe de saúde, que será composta por profissionais de diversas áreas para garantir um suporte completo. “Nosso objetivo é oferecer prevenção e qualidade de vida. Se a diabete estiver descompensada, a equipe poderá agir rapidamente, chamar o paciente, orientar e ajudar”, frisou o secretário.
Diabete
A diabete consiste numa condição causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Aproximadamente 90% das pessoas possuem o tipo 2 da doença, que é o mais comum. Os sintomas são diversos: fome frequente, sede constante, formigamento nos pés e mãos, vontade de urinar diversas vezes, infecções recorrentes nos rins, bexiga e pele, visão embaçada e feridas que demoram a cicatrizar.
Conforme a Federação Internacional de Diabete, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking de incidência da doença no mundo e registrou uma alta de 5,7% em relação aos números de 2021. A médica endocrinologista Emanuelle Pantoja destaca que o país tem tido uma alta de sobrepeso e obesidade, fatores diretamente ligados à alta incidência de diabete.
A confirmação do diagnóstico de diabete só é possível a partir de um hemograma, exame que avalia as células sanguíneas do paciente. Se o resultado do nível de glicose ficar acima de 110 mg por decilitro, já pode ser considerado um caso de pré-diabete. Se passar dos 126 mg por decilitro, o resultado é positivo para diabete.
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