Por Lucas Renan Domingos - lucas.domingos@engeplus.com.br
Em 04/02/2025 às 16:54O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), vai encaminhar para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nos próximos dias o projeto de lei para reajustar o salário das carreiras que compõem as forças da Segurança Pública do estado. Na avaliação de sindicatos, a proposta não atendeu a expectativa dos servidores.
A proposta do governo é repassar um percentual de 21,5%. Mais de 35 mil trabalhadores ativos e inativos receberão o reajuste. São membros da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Científica, do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) e da Secretaria da Justiça e Reintegração Social (Sejuri).
“Foi um trabalho construído com as associações de todas as forças de segurança. Nos últimos dois anos a inflação acumulada é de 9%. Somando com 2022, seria de 15%. E nós estamos chegamos ao valo de 21,5% que é extraordinariamente acima do que muitos esperavam. Os coronéis vão ganhar um pouco mais? Os soldados um pouco menos? Isso é por conta da carreira. Não posso fazer nada”, evidenciou o governador.
O reajuste será concedido em três parcelas, a partir de maio deste ano, com o primeiro reajuste. A segunda parcela será concedida em dezembro de 2025 e a terceira em abril de 2026, totalizando o percentual da proposta.
Sindicatos buscarão mais
Sindicatos que representam as categorias da segurança pública de Santa Catarina não ficaram satisfeitas com a decisão do governador. Na análise deles, o reajuste deveria ser maior para recompor toda a perda inflacionária
Os sindicalistas analisam a proposta do governo como um avanço, mas ainda distante do desejado pelos servidores. Veja o que disseram os sindicalistas:
“A gente construiu com as associações uma proposta de 35% de valorização salarial. Nós não temos uma data-base e esperamos que o governo coloque em prática isso. Do jeito que está, as negociações vão prolongando e já estamos com 40% de defasagem. A única proposta que entrou na mesa foi de 21,5%. Não foi aquilo que pedimos. Precisamos melhorar, mas o governo deixou aberto para sentar com as associações e dar mais uma parcela no fim de 2026”
Claiton de Oliveira – Presidente da Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc)
“Desde o começo das negociações, foi proposto 35%, porém o governo sempre bateu na tecla de que não tem dinheiro para cumprir com o compromisso. O governador bateu o martelo em 21,5% em três vezes. Foi uma decisão dele e não o que pedimos. Ele deixou claro que não é o fim das negociações. Ele deixou claro que pode chamar as associações para uma conversa no ano que vem. Seria irresponsável da nossa parte não aceitar este valor proposta. Vamos buscar uma nova negociação no ano que vem para tentar recuperar todas as perdas inflacionárias”
Alexandre Barba – Presidente da Associação dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos de Santa Catarina (APPS)
“Embora represente um avanço importante para a categoria após quatro anos sem reajuste salarial, o aumento ficou abaixo das expectativas do Sinpol-SC e das demais entidades representativas. Por isso, retomaremos a discussão dessa demanda com o governo do estado. O Sinpol-SC reforça o seu compromisso em continuar lutando por melhores condições de trabalho e valorização profissional para os policiais civis catarinenses”
Nota do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC)
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