Por Redação Engeplus
Em 13/03/2017 às 15:26Especial: Vinícius Alexandre R. Fabrício
Desta vez fui testar um dos queridinhos do mercado automobilístico brasileiro, o VW Golf, modelo que desembarcou no país pela primeira vez em 1995 e segue no mercado até hoje. Chego ao Pavilhão de Exposições para fazer a retirada do veículo para o teste e ele está lá, estacionado no meio de outros modelos da montadora, e não consegue passar despercebido. É bonito, sóbrio, fruto do clássico e inconfundível design automobilístico alemão.
O carro está “calçado” com um belo conjunto de rodas de liga leve e pneus Bridgestone 225/45/17, e do lado externo vale mencionar a discreta antena do tipo barbatana e o também discreto conjunto óptico que conta também com faróis de neblina. A curiosidade neste momento já está nas alturas. Será que o motorzinho 1.0 é capaz de proporcionar um desempenho aceitável para o carro? Estou com um pé atrás, afinal de contas é um Golf, não é um carro pequeno, penso eu.
Entro no carro e ele não é mesmo pequeno e segue o padrão dos modelos antigos, hatch médio, curto, contudo largo, o que confere ao modelo um generoso espaço interno. O acabamento interno segue o padrão da parte externa, sóbrio, típico das montadoras alemãs.
Destaque para o belo volante multifuncional de três pontos, com ajuste de altura e profundidade, revestido em couro e com a parte inferior achatada – um toque sutil de esportividade. Os instrumentos principais são analógicos e ao centro destes uma pequena tela digital onde são exibidas informações do computador de bordo e multimídia.
No meio está a central multimídia, onde além das previsíveis funções de som, telefone, GPS é possível acessar algumas informações relativas ao computador de bordo e uma função chamada Treino Trink Blue, que pelo meu entendimento tenta ensinar o condutor a obter a melhor performance relativa ao consumo de combustível. Ainda, escondido logo abaixo dos comandos do ar condicionado existe um porta objetos com entrada USB e no porta luvas, iluminado e refrigerado, entradas para cartões SD e CD/DVD.
O revestimento dos bancos e portas é de tecido, um pecado, pois certamente um conjunto de couro cairia muito bem. São confortáveis, tanto os dianteiros quanto traseiros, e o espaço para as pernas nos traseiros é bom, mesmo com o banco dianteiro regulado para a minha altura (1,84). Ambos os dianteiros possuem boa sustentação lateral (abas), regulagem de altura e lombar o que pode fazer a diferença em longas jornadas.
O carro conta com retrovisor eletrocrômico (que automaticamente impede o ofuscamento) e no teto, um porta-óculos junto aos controles de iluminação interna e teto solar (elétrico).
Saio do pavilhão em direção ao centro da cidade e logo na primeira reta percebo que a força do motorzinho 1.0 vem cedo, logo aos 2 mil giros o motor está cheio e despejando todo o seu torque, fruto dos 3 cilindros e da sobrealimentação por turbocompressor - o grande segredo da tendência conhecida como “downsizing”, que busca a produção de motores menores, mais fortes e econômicos.
O carro conta com difusores traseiros para ar-condicionado. Conforto para os passageiros
Com esse torque aparecendo logo em baixa, o carro fica bem agradável de guiar em trecho urbano, não havendo qualquer necessidade de se “esticar” as marchas para poder acompanhar o fluxo normal. Assim, o pequeno motor turbo consegue sim dar conta da carroceria alargada do carro na cidade e ainda faz bonito quando exigido na estrada.
O motor gira fácil, e em conjunto com o bem escalonado câmbio manual de 6 velocidades faz com que o carro ganhe ou retome velocidade com grande desenvoltura, fazendo com o que o condutor se sinta seguro em situações de ultrapassagem. Em nada lembra um motor de 1000 cilindradas convencional pois o desempenho, eu arriscaria dizer, é equivalente ao de um motor 1.8 ou até mesmo 2.0.
Em velocidade de cruzeiro e em sexta marcha o carro é confortável e bem silencioso, mostrando um bom isolamento acústico, porém confesso que a parte mais divertida e prazerosa do teste foi feita com o teto solar e todas as janelas abertas, sentindo o ronco do motor e o barulho do vento.
O câmbio segue o padrão da montadora: alavanca curta, engates curtos e precisos
A carroceria e pneus largos e com perfil baixo, aliadas a um acerto germânico da suspensão (mais rígida – tendendo mais ao esportivo – diminuindo a rolagem lateral) fazem o carro grudar no asfalto nas curvas o que transmite uma sensação completa de segurança e uma condução prazerosa e divertida para quem gosta de uma tocada um pouco mais agressiva.
De nada adiantaria acelerar e fazer curvas bem, se não pudesse frear com segurança não é mesmo? E nesse ponto o hatch também se sai bem. Contando com todas aquelas siglas tecnológicas relacionadas a freios, tração e estabilidade o carro tem pouquíssima rolagem frontal (os freios a disco na traseira ajudam) e lateral, mesmo quando exigido ao máximo e em curva.
O veículo foi cedido gentilmente pela Concessionária Kolina Volkswagen Criciúma
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