Por Lucas Renan Domingos -
Em 14/12/2021 às 19:00O Comitê da Bacia do Rio Urussanga lançou na tarde desta terça-feira, dia 14, o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Urussanga. O documento foi apresentado na sede da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). O estudo visa garantir água em quantidade de qualidade aos diversos usos e o desenvolvimento sustentável da bacia.
O plano ficou pronto há mais de um ano, mas sua divulgação foi adiada por conta da pandemia de Covid-19. O modelo consiste em um instrumento de planejamento e orientações que estabelece ações e metas a serem executadas em curto, médio e longo prazo. Nele cada um dos três setores que formam o comitê (público, usuários de água e sociedade civil) se compromete em colocar em prática ações desenvolvidas para mitigar ou reduzir os problemas de água na bacia.
“De modo geral a Bacia do Rio Urussanga possui pouca água. E a água que tem é de péssima qualidade. Para evitar problemas de conflitos de uso dos recursos hídricos no futuro, as ações precisarão ser implementadas por variados segmentos da sociedade. Na produção agrícola é preciso aumentar a reservação hídrica e a conservação do solo. Na sedentação humana, pensar em novos reservatórios. As indústrias precisam melhorar o reuso da água. O saneamento básico precisa retornar para os corpos hídricos com tratamento. São essas algumas das ações que o plano diagnosticou e que agora precisam ser colocadas em prática”, destacou o presidente do Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Fernando Damian Preve Filho.
A elaboração do documento durou dois anos e foi realizada por uma equipe da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), contratada para efetuar o estudo. “O Plano de Recursos Hídricos é composto por um prognóstico, diagnóstico e, por fim, um plano de ações. É um planejamento para 12 anos, tem ações de curto, médio e longo prazo. A cada quatro anos também há um ciclo de rodada de ações para serem executadas, tentando chegar no objetivo que o Comitê da Bacia do Rio Urussanga definiu para a qualidade da água desejada”, detalhou Vinicius Constante, gerente de planejamento e gestão de recursos hídricos na Secretaria Executiva de Meio Ambiente de Santa Catarina (Sema).
Santa Catarina é dividida em 16 grandes bacias hidrográficas. Apenas duas delas ainda não tiveram o Plano de Recursos Hídricos finalizado, mas os estudos já estão em andamento. O secretário de Estado de Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, destacou a importância das conclusões dos planos regionais para a gestão das águas em todo o Estado.
“Cada bacia desta precisa ter um documento norteador, que é o Plano de Recursos Hídricos. Praticamente todas as bacias de Santa Catarina já têm, com exceção da Bacia do Rio Canoas e do Rio do Peixe, que estão em licitação para execução. Isso traz segurança, planejamento, as metas a serem cumpridas a curto, médio e longo prazo já com vinculação de orçamento. Este planejamento é importante para o Estado como um todo. São planos regionais que garantem a aplicação do Plano Estadual de Recursos Hídricos”, disse.
A Bacia do Rio Urussanga possui uma área de drenagem de 679,75 KM². Seu rio principal, o Rio Urussanga, surge da confluência dos rios Maior e Carvão. No encontro do Rio Urussanga com o Oceano Atlântico forma-se um complexo lagunar composto por lagoas e arroios. A bacia abrange dez municípios. São eles: Balneário Rincão, Cocal do Sul, Criciúma, Içara, Jaguaruna, Morro da Fumaça, Pedras Grandes, Sangão, Treze de Maio e Urussanga.
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