Por Redação Engeplus
Em 03/03/2017 às 09:29Especial: Willian Bongiolo
Minha Vida de Abobrinha é o exemplo perfeito de que um filme pode ser dramático e emocionante sem precisar de violinos na trilha sonora. Ao contrário do melodrama Lion: Uma Jornada para Casa, Minha Vida de Abobrinha constrói seu drama nas sutilezas da ingenuidades de seus personagens. Assim como o belíssimo O Quarto de Jack, ele trata de um tema pesado pelos olhares de crianças pequenas.
A história gira em torno de Abobrinha, uma criança que perdeu a mãe recentemente. Logo depois ele tem que ser enviado para uma casa com outras crianças órfãs. Apesar de este aparentemente ser um lugar hostil, Abobrinha busca seu lugar no mundo. A direção de Claude Barras não poderia ser melhor: ao empregar câmeras estáticas ele compõe o cenário com sutilezas para construir seu drama. Seja com um espaço vazio embaixo da escada como um lugar de isolamento, ou o cabelo por cima do olho com cicatriz. E apesar de não ser dito, percebemos como a violência dentro de casa muda a vida daquelas crianças.
Outro ponto interessante de Minha Vida de Abobrinha é a quebra de estereótipos infantis. Logo que Abobrinha chega no lar para órfãos é hostilizado por outra criança, e também se apaixona por uma menina. Mas nenhum deles é retratado como seria em uma animação de um grande estúdio estadunidense. Com o passar do tempo, cada um desses personagens vai ganhando diferentes camadas de desenvolvimento e seus medos vão ajudando para uma aproximação entre eles.
Há uma cena em que todas as crianças órfãs estão esquiando e acabam parando para ver uma mãe ajudar seu filho a se levantar. A trilha cessa nesse momento e ficamos alguns segundos apenas assistindo o semblante das crianças órfãs presenciando um gesto de carinho entre mãe e filho. Está aí o grande drama sutil do longa: não importa o quanto eles estão felizes entre si, a vida irá derrubá-los e ninguém estará ali para levantá-los... mas eles terão uns aos outros, ao menos por algum tempo.
Minha Vida de Abobrinha pode não ter sido a animação a levar o Oscar para casa, mas é a que ficará para sempre no coração daqueles que a assistirem. É um filme que transpira paixão, solidariedade e, acima de tudo, nos mostra como pequenos gestos de violência em casa pode transformar a vida de alguém para sempre.
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