Alerta

Defesa Civil monitora possível formação de ciclone atípico com deslocamento para o Sul do Brasil

Fenômeno se desloca em alto mar do Sudeste para o Sul

Por Patrick Stüpp

Em 16/02/2024 às 17:19
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Foto: Lucas Renan Domingos/Arquivo/Portal Engeplus

A formação de uma depressão subtropical foi identificada nesta sexta-feira, dia 16, pela Marinha do Brasil, na costa do Estado do Rio de Janeiro (RJ). Em nota divulgada nesta tarde, a Defesa Civil informou que a expectativa é que este sistema continue ganhando força e se transforme em um ciclone subtropical, se deslocando posteriormente ao Sul do Brasil.

Na nota divulgada, o órgão afirmou que está monitorando o fato e se o fenômeno ocorrer será nomeado de Akará ao longo do fim de semana. "O último ciclone subtropical registrado pela Marinha ocorreu em maio de 2022, com o nome de Yakecan", lembrou a Defesa Civil. 

Trajetória e possíveis impactos

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O sistema deve se movimentar em direção ao Sul do Brasil, se localizando em Santa Catarina entre domingo, dia 18, e segunda-feira, dia 19, mas com seu centro posicionado distante, em alto mar. Segundo a Defesa Civil, os modelos meteorológicos indicam uma possibilidade do ciclone se aproximar das regiões entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul no início da próxima semana. Porém, da forma como as previsões se encontram no momento, o impacto esperado está relacionado aos ventos, que devem ocorrer com intensidade moderada nas regiões costeiras, em especial entre a Grande Florianópolis e no Sul de Santa Catarina. 

"Assim, nestas áreas, há risco localizado para ocorrências como destelhamentos, queda de galhos e árvores e danos na rede elétrica. Além disso, o sistema também influencia as condições marítimas, com risco para navegação em alto mar, onde há expectativa de ondas entre 4 metros e 5 metros de altura. Nas proximidades das regiões do Sul de Santa Catarina e Grande Florianópolis, são esperadas ondas de 2 metros com picos de até 2,5 metros", alertou o orgão. 

Ainda por meio da nota, foi ressaltado que as equipes estão monitorando o sistema e as previsões podem sofrer alterações. "Portanto, é de extrema importância que as pessoas acompanhem as atualizações das previsões, notas, avisos e alertas emitidos pela Defesa Civil, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e pelos órgãos oficiais de Meteorologia e Oceanografia, como o Instituto Nacional de Meteorologia e a Marinha do Brasil", reforçou a Defesa Civil. 

O que caracteriza um ciclone subtropical

Os ciclones extratropicaissão os mais comuns no Sul do Brasil, sendo observado ao longo de todo o ano, mas principalmente durante o inverno. Associado a ele temos a presença de frentes frias e quentes, sistemas meteorológicos que têm papel importante na distribuição de chuvas e nas características do clima.

"Por outro lado, a formação de ciclones subtropicais e tropicais é atípica na região, pois são formados a partir de outros mecanismos, necessitando de temperaturas da superfície do mar mais elevadas, por conta disso, são observados majoritariamente nos meses mais quentes do ano", explicou o órgão. 


Último ciclone subtropical ocorreu em maio de 2022. (Foto: Divugação/Defesa Civil)

Outra diferença essencial é sua estrutura, os ciclones extratropicais são assimétricos verticalmente, enquanto os subtropicais e tropicais são simétricos. Em uma simplificação, pode-se dizer que os ciclones extratropicais são inclinados, e os subtropicais e tropicais são alinhados verticalmente. Essa característica fica nítida nas imagens de satélite, em especial nos ciclones tropicais, sendo possível observar um “olho” no núcleo do sistema. Em caso de ocorrências, ligue para a Defesa Civil Municipal através do número 199, ou Corpo de Bombeiros no 193.

*Com informações da Defesa Civil 

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