Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br
Em 27/02/2017 às 15:05Em novembro de 2013, o empresário italiano Luigi Cimolai era recebido pelo governador Raimundo Colombo e, em companhia do prefeito Murialdo Gastaldon, anunciava um investimento de R$ 25 milhões, depois revistos para R$ 15 milhões, para implantar uma unidade da sua metalúrgica em Içara. Pouco mais de três anos depois, a parceria está desfeita.
“A Cimolai nos informou que não tem mais interesse em Içara”, confirma o secretário de Desenvolvimento Econômico içarense, Paulo Brígido. “Eles até poderiam entrar na briga, mas resolveram não comprar esse desgaste. Pelo investimento que fazem, eles querem ser recebidos de braços abertos”, acentua Brígido, referindo-se a questionamentos judiciais feitos à empresa quando da sua intenção de se instalar no município. Houve um processo, também, indagando o fato de uma sociedade estrangeira investir no Brasil, o que violaria o Código Civil Brasileiro, criando outro fator que fez a empresa recuar do aporte.
Perdas para a
economia içarense
O prejuízo econômico para Içara é evidente, já que a Cimolai projetava ter iniciado, em 2016, operações para fabricação de dez mil toneladas de materiais metálicos empregando pelo menos cem funcionários. Na época do anúncio, o prefeito Murialdo saudava a Cimolai como “um empreendimento importante, que dará forte sustentação ao desenvolvimento de nossa economia”.
“O negócio da Cimolai não traria qualquer impacto ambiental para Içara. O prefeito ficou muito chateado com essa perda”, observa o secretário, lembrando que Içara havia aprovado a doação de dez hectares de área do parque industrial de Esperança, às margens da BR-101, para a empresa. “Agora vamos retomar essa área”, informa. Em outubro de 2014, no calor da expectativa positiva, a Cimolai havia iniciado a terraplenagem da área que faria uso.
Executivo já
tem novo projeto
A Prefeitura, porém, já tem um novo projeto para o terreno. E o secretário Brígido antecipa que se trata de algo diferenciado e de grande impacto. “Temos um projeto de um parque industrial com um plano audacioso, para um segmento moderno que não existe ainda aqui na região”, detalha.
O complexo será dividido em lotes, e contará com infraestrutura básica para atrair investidores. “Até creche faremos ali, e aproveitando a localização estratégica. Vamos começar a trabalhar para tirar esse projeto do papel ainda nesse ano”, conclui Brígido.
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