Por Redação Engeplus
Em 22/05/2025 às 12:02Com o objetivo de conhecer de perto a estrutura e os resultados do Programa de Escolas Cívico-Militares implantado em Brusque, o presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, Márcio Darós da Luz, liderou uma comitiva em visita oficial ao município. A proposta é avaliar a possibilidade de implementar esse modelo também na rede municipal de ensino criciumense.
A comitiva contou com a presença do capitão do Exército, Sidinei de Oliveira, que já atuou na Escola Joaquim Ramos, de Criciúma, quando o programa ainda era de gestão federal, além do sargento Rainor Otávio Nandi, do sargento Cláudio Arnoldo Pinto Schütz e do sub-oficial da Marinha, Renato Alberto Tavares Viana.
O grupo conheceu a estrutura e o funcionamento do programa regulamentado pela Lei Complementar nº 396, de 23 de janeiro de 2024, que criou o Programa de Escolas Cívico-Militares da Prefeitura de Brusque.
A legislação estabelece as diretrizes para o modelo, que busca unir educação de qualidade com valores cívicos, disciplina e desenvolvimento socioemocional dos estudantes.
Modelo consolidado e referência
Em Brusque, o programa está consolidado em quatro escolas. A comitiva visitou a maior delas: a escola Isaura Gouvea Gevaerd Cívico-Militar, considerada referência na execução do projeto, dirigida por Ana Vani Giraldi.
A coordenação do programa é do 1º tenente Nelci Antônio Amaral. Ele explicou que o projeto envolve profissionais das três Forças Armadas — Exército, Marinha e Força Aérea — e destacou a presença feminina na gestão escolar, bem como a importância disso.
Educação além da disciplina
O programa se baseia em macrocompetências, que visam preparar os alunos para além do conteúdo tradicional.
• Resiliência emocional: autoconfiança, excelência, honestidade, tolerância ao estresse e à frustração;
• Abertura ao novo: estímulo à curiosidade, imaginação criativa e interesse artístico.
Além disso, valores como disciplina, dedicação, foco, organização, persistência e responsabilidade são enfatizados no cotidiano escolar.
“Muitos ainda pensam que o militar é bruto e só sabe atirar, mas não é isso. Para participar deste projeto, os profissionais precisam ter currículo, formação pedagógica e embasamento para estarem aqui atuando com os estudantes”, esclareceu o tenente Amaral.
Processo seletivo rigoroso
A Diretora-Geral de Educação de Brusque, Ivanete Lago Groh, reforçou a importância da qualificação dos agentes que atuam no programa.
“Nos surpreendemos com o número de candidatos interessados. A seleção é sempre muito importante para garantir a qualidade do projeto. A gente precisa dar continuidade a esse trabalho, que melhora e se aperfeiçoa a cada ano”, afirmou.
O processo de escolha busca profissionais de diferentes áreas, promovendo um ambiente multidisciplinar, alinhado com os objetivos pedagógicos.
Rotina escolar diferenciada
Durante a visita, a comitiva acompanhou atividades rotineiras das escolas cívico-militares:
• Hasteamento diário da bandeira nacional;
• Formaturas e atividades de civismo;
• Rondas no ambiente escolar;
• Desenvolvimento do Projeto Valores, que trabalha a convivência, resolução pacífica de conflitos e fortalecimento do respeito mútuo.
Segundo a direção, todas as salas de aula contam com monitoramento por câmeras, recurso que, conforme informaram, faz parte do conjunto de medidas organizacionais do modelo.
A visita também contou com a participação da professora efetiva da Prefeitura de Brusque, Roseli Lopes, que apresentou detalhes sobre a rotina e os impactos do programa.
Intercâmbio na Secretaria de Educação
Além da escola, a comitiva esteve na Secretaria Municipal de Educação de Brusque, onde foi recebida pela secretária de Educação, Franciele Márcia Mayer.
“Aqui é um programa para enriquecer e somar ao que já é feito pelo professor. Não se trata de uma escola militar, mas sim cívico-militar. Temos também o contraturno, entre outras atividades, e tudo isso agrega muito ao currículo dos alunos”, destacou a secretária Franciele.
Criciúma mira no exemplo de Brusque
O presidente da Câmara de Criciúma, Márcio Darós da Luz, destacou a aceitação do modelo entre as famílias de Brusque e manifestou sua intenção de levar a proposta para Criciúma.
“Nós vemos uma grande aceitação dos pais em relação a este programa. É um modelo que promove valores importantes, disciplina e desenvolvimento socioemocional. Queremos aperfeiçoar essa proposta e trabalhar para que ela também seja realidade em nossas escolas municipais”, afirmou Darós.
Com a mudança de gestão do modelo — que deixou de ser federal para ser implementado por estados e municípios —, Brusque se tornou uma referência para cidades que desejam adotar o programa.
Colaboração: Letícia Ortolan
Leia mais sobre:
criciuma,
EDUCAÇÃO,
escolas cívico-militares.
Santa Catarina
Ambiente lúdico
Inclusão nota 10
Semana tecnológica
Imersão cultural
Ambiente lúdico
Inclusão nota 10
Semana tecnológica
Imersão cultural