Por Marcelo de Bona - marcelodebona@engeplus.com.br
Em 05/09/2014 às 21:15O Criciúma sondou vários técnicos desde a saída de Wagner Lopes. No entanto, a resposta dos profissionais ante o convite dos dirigentes tricolores foi sempre negativa. Menos para um catarinense, de 45 anos, natural de Quilombo, que não temeu o difícil desafio de reerguer o time e livrar o Tigre da zona de rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro.
“A palavra medo não é comigo, pelo contrário. Tenho muita coragem, esse é o histórico da minha vida, e foi por isso que aceitei o desafio”, enfatiza o novo técnico do Criciúma, Gilmar Dal Pozzo.
O comandante tricolor também falou sobre a sua forma de trabalhar e garantiu que, se preciso for, está preparado para a guerra. “Sou um homem de coragem. Sou um homem de paz, mas estou preparado para guerra. Se precisar eu sou pulso firme, e vou fazer isso tranquilamente. Existe o momento certo de dar a moral, a confiança, e também o de fazer a cobrança e colocar o dedo na ferida”, ressalta.
Depois de permanecer por quase dois anos na Chapecoense e garantir os acesso às Séries B e A, Dal Pozzo foi demitido no final do último mês de maio. No comando do Verdão do Oeste durante seis jogos deste Brasileirão, o técnico acumulou dois empates e quatro derrotas, sendo o último revés e, que culminou com a sua queda, justamente diante do Criciúma.
Desde então, Dal Pozzo diz ter se preparado para voltar com força total ao futebol e espera conquistar a sua primeira vitória na Série A. “Mesmo estando parado durante três meses, acompanhei todos os jogos do Brasileiro e fui me preparando para esse momento. Conheço muito o Corinthians, vi o jogo na quarta-feira. Tenho uma estratégia montada, mas ainda vou falar com demais integrantes da comissão técnica. Temos que ser inteligentes nesse momento e buscar o máximo de informações para vencer o jogo. Quem sabe chegou a hora da minha primeira vitória. Estou torcendo para isso”, conta Dal Pozzo.
Quanto aos treinamentos, o novo comandante tricolor revela que, se for necessário, fechará os portões para tentar surpreender os seus adversários. “Não pensei ainda nisso, mas se tiver a necessidade vou fechar. Temos que defender a bandeira do clube. Às vezes temos que fazer um trabalho tático para montar uma estratégia para ganhar do adversário”, destaca o técnico, que tentará encontrar o equilíbrio do time tricolor.
“Tenho que me que adaptar as características dos atletas. Mas não abro mão da competitividade e da qualidade técnica individual e coletiva do grupo. O Criciúma tem a pior defesa e o pior ataque do Brasileiro, então temos que buscar um equilíbrio. Minha ideia de jogo é ter uma equipe competitiva e forte na marcação. Precisa ser assim no Criciúma, e deixou de ser na Seleção Brasileira. Quando tivermos a bola tem que aparecer a qualidade. Temos que dar tranquilidade para esses atletas que precisam de confiança para fazer bons jogos. Temos que resgatar a confiança, porque qualidade eles têm. O maior reforço do Criciúma hoje é o resgaste da confiança”, finaliza Dal Pozzo.
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