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Casca de siri pode reduzir a poluição em lagoas

Estudo desenvolvido em Laguna pode auxiliar na solução contra a poluição química

Por Redação Engeplus - jornalismo@engeplus.com.br

Em 17/07/2016 às 11:40
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Foto: Divulgação

Um novo projeto de pesquisa desenvolvido pelo Departamento de Engenharia de Pesca da Udesc, em Laguna, pretende trazer soluções para o problema. Além do benefício, o projeto tem também uma proposta sustentável em que reaproveita um material descartado diariamente no meio ambiente pelos beneficiadores de pescado na cidade: a casquinha do siri.

Dela é possível extrair a quitina, um tipo de biopolímero que pode ser transformado em quitosana, substância com capacidade até seis vezes maior para adsorver determinados metais.

“Na prática, o projeto pretende testar a quitina e a quitosana extraída da casquinha do siri para retirar metais pesados de águas contaminadas”, explica a idealizadora da pequisa Aline Fernandes de Oliveira, doutora em físico-química e professora de Engenharia de Pesca da Udesc.

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Além do siri, outro crustáceo também é alvo da pesquisa. O gládio da lula, não comestível e também descartado, está sendo utilizado para retirada de quitina. “Enquanto em 100 gramas de casquinha conseguimos retirar 16% de quitina, na lula o rendimento chega a 41%. Mas em Laguna a produção e descarte de siri é muito maior”, explica a pesquisadora.

Atualmente o projeto está na etapa de extração de quitina para posterior produção de quitosana em quantidades suficientes para desenvolvimento dos testes laboratoriais práticos. “Já finalizamos a primeira etapa e a caracterização do material. Em agosto, no máximo, começaremos os testes da pesquisa em laboratório”, ressalta Oliveira.

Como funciona - A casa do siri, não reaproveitada por beneficiadores que utilizam para venda somente a carne do crustáceo, é comprada de alguns pescadores e também vem de algumas doações. Ao retirar a quitina dela, o processo de conversão em quitosana é feito no laboratório de Recuperação de Resíduos e Desenvolvimento de Materiais. Até a casca moída será aproveitada nos testes de adsorção.

No laboratório será produzida uma água contaminada com metais e corantes e são feitos testes com quantidades diferentes de água e de pó de quitosana. “Serão avaliadas diferentes temperaturas e PH, vamos mensurar a capacidade de adsorção relativas às quantidades aplicadas”, ressalta a idealizadora da pesquisa.

Colaboração: Comunicação Laguna

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