Ao completar seis meses à frente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), o presidente Franke Hobold fez um balanço do período marcado por ações de continuidade, implementação de novos projetos e fortalecimento do papel da entidade no desenvolvimento regional. 

Segundo Hobold, a Acic tem atuado de forma intensa em diversas frentes, mantendo projetos consolidados e ampliando seu campo de atuação. “Acredito que foram seis meses em que a gente pôde realmente trabalhar. A Acic é uma continuidade. Temos muitos projetos que precisam ser levados adiante, e é isso que estamos fazendo, além de implementar novas ações”, destacou em entrevista ao Portal Engeplus.

Uma das áreas de maior investimento da atual gestão tem sido a educação. Neste ano, a associação ampliou o alcance dos Prêmios Acic de Matemática e Língua Portuguesa, que devem contar com um número ainda maior de alunos participantes. A novidade em 2025 é a formação continuada de professores, oferecida pela Acic. “Na questão da educação, temos certeza de que estamos colaborando com a região. Damos continuidade ao que já existia e também criamos novos caminhos”, afirmou o presidente.

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Suporte às empresas e aproximação com associados

Outra prioridade é o suporte direto às empresas. Um grupo de diretores está dedicado exclusivamente a essa frente e já projeta um grande debate sobre a reforma tributária, visando informar e preparar o empresariado para as mudanças previstas.

Na busca por maior proximidade com os associados, a entidade lançou o projeto “Acic nos Bairros”, iniciado no distrito do Rio Maina e que será expandido para outras localidades de Criciúma. “Queremos levar os serviços da Acic para mais perto dos nossos associados”, frisou Hobold.

Infraestrutura 

A infraestrutura regional também segue no radar da Acic. Hobold ressalta o papel da entidade como agente de pressão junto ao Poder Público, cobrando melhorias fundamentais. “A Acic não tem dinheiro para fazer obras, mas tem o poder de lembrar constantemente as autoridades sobre os gargalos da nossa região”, comentou. Entre os temas acompanhados de perto pela associação estão a ampliação dos voos no aeroporto de Jaguaruna e a necessidade urgente de soluções para o Morro dos Cavalos, na BR-101. “É um problema que aparece sempre após uma tragédia, mas depois some do radar. Queremos manter essa pauta viva”, completou.

A escassez de mão de obra qualificada segue como uma das maiores preocupações do empresariado, segundo o presidente. “Temos boas escolas técnicas na região, mas falta motivação dos adolescentes e jovens para ocuparem essas vagas. Muitas vezes os cursos ficam sem alunos ou são abandonados no meio do caminho”, lamentou.

Para enfrentar esse desafio, a associação está em diálogo com o poder público e também busca formas de ressignificar a carreira de trabalhadores mais experientes. “Precisamos observar uma mudança na região, isso porque a longevidade aumentou. Uma pessoa de 55 ou 60 anos ainda tem muito a contribuir e pode aprender dentro das empresas. Precisamos olhar para isso também”, observou. 

Hobold destaca que a Acic é a casa do empresário, principalmente das pequenas e médias empresas, que mais necessitam de apoio e troca de experiências. “As grandes têm suas estruturas próprias, mas as pequenas e médias encontram na Acic suporte, informação e atualização. Os núcleos empresariais são prova disso, ou seja, mesmo concorrentes, os empresários estão lá trocando experiências para crescer”, comentou. 

Atualmente, a associação tem mais de 2.400 associados, mas o presidente reconhece que muitos ainda não conhecem os serviços que a entidade oferece. “Esse será um dos nossos focos no segundo semestre, queremos levar a Acic para essas empresas, mostrar o que temos a oferecer e ajudar”, frisou. 

Para o segundo semestre de 2025, a Acic continuará atuando fortemente nas pautas regionais, estruturais e empresariais. “Vamos seguir cobrando, apoiando, incentivando. Nosso papel é estar atento às demandas e apoiar as empresas da nossa região em todos os seus desafios”, finalizou o presidente.