Por Redação Engeplus -
Em 18/09/2024 às 19:17A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) retoma nesta quinta-feira, dia 19, o julgamento do pedido de revogação das prisões do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e do secretário de Assistência Social do município, Bruno Ferreira. Eles e mais 15 pessoas são investigadas na Operação Caronte. Todos estão presos preventivamente.
Esta será a terceira vez que a manutenção das prisões serão analisadas pelos desembargadores do TJSC. Nas duas primeiras sessões, o desembargador Antônio Zoldan pediu vista na hora de apresentar o seu voto. A relatora do processo, é a desembargadora Cinthia Schaefer. A 5ª Câmara Criminal também possui a participação do desembargador Luiz César Schweitezer.
Durante a sessão, que será online, não haverá manifestação dos advogados de defesa dos investigados. Para a manutenção da prisão do prefeito Salvaro, os desembargadores Cinthia e Schweitezer apresentaram votos pela manutenção da prisão. Nos demais, apenas a relatora já divulgou seu voto, também pela continuidade das detenções.
Ao longo da sessão desta quinta-feira, os desembargadores poderão confirmar ou alterar seus votos ou ainda fazer novos pedidos de vista. Pedido de vista é um ato pelo qual o desembargador recebe os autos de um processo como direito de tomar conhecimento de tudo o que nele se contém.
Entenda a operação
A Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) apura crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.
Bruno Ferreira está preso desde o dia 5 de agosto, quando foi deflagrada a primeira fase da operação, que cumpriu sete mandados de prisão preventiva, incluindo a de Ferreira, e 38 mandados de busca e apreensão . Ele está detido no presídio Santa Augusta, em Criciúma.
Já Salvaro foi detido durante a segunda fase da Operação Caronte, deflagrada no dia 3 de setembro. Outras nove pessoas também foram detidas. No despacho, a desembargadora relatora apontou supostas interferências do prefeito nas investigações.
Em um vídeo publicado no momento de sua prisão, Salvaro se manifestou e tratou a sua detenção como um ato político. “Eu tenho certeza da minha inocência. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada que possa me incriminar, exceto a liderança que exercemos na política, exceto esse poder de transferir o voto, exceto a certeza de que vamos vencer as eleições”, disse.
Já Ferreira emitiu uma nota depois de sua prisão. Ele tratou as denúncias como ‘infundadas e absurdas’. ““Recentemente, as investigações envolvendo empresas funerárias acabaram por respingar injustamente em minha pessoa, gerando acusações infundadas e absurdas. Quero tranquilizar a todos que estou bem e forte. Acredito firmemente na justiça dos homens e tenho a convicção de que serei inocentado de todas as acusações”, afirmou.
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