Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br
Em 16/07/2025 às 11:26Os quatro homens que participaram do assassinato da empresária Cristiane Bittencourt de Souza, de 44 anos, foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da nona Promotoria de Justiça da Comarca de Tubarão. A denúncia foi apresentada no dia 30 de junho e já foi recebida pela Justiça. Já o homicídio ocorreu no dia 25 de abril, quando a vítima foi alvejada por disparos de arma de fogo na avenida Procópio Lima, no bairro Humaitá, em Tubarão.
O inquérito da Polícia Civil, que elucidou o homicídio, apontou que o crime foi articulado por um parente de Cristiane. Segundo apurado pelo Portal Engeplus, o cunhado da vítima é acusado de ser o mandante da morte. O marido dela e irmão do homem apontado como articulador do crime também foi alvejado, porém, resistiu aos ferimentos. A denúncia apontou que o crime foi motivado por uma disputa familiar envolvendo a partilha de bens.
Com base na denúncia, o crime teria sido cuidadosamente planejado. O cunhado teria contratado os executores, prometendo pagamento em dinheiro, enquanto outro teria fornecido o revólver utilizado no ataque. O veículo usado na ação teria sido posteriormente abandonado em um município vizinho, e os envolvidos teriam simulado um furto, registrando um boletim de ocorrência falso para atrapalhar as investigações.
Os quatro homens denunciados foram: o mandante, o executor, o motorista do carro onde estava o autor dos disparos e um mecânico que teria emprestado a sua arma para ser usada no crime. O mecânico também foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo. A Promotoria de Justiça requer que, caso sejam condenados, os denunciados precisarão reparar os danos causados às vítimas e seus sucessores, com valor mínimo de indenização fixado em R$ 100 mil.
Crimes denunciados
O cunhado de Cristiane, apontado como mandante do crime, foi denunciado por homicídio qualificado consumado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa), além de falsa comunicação de crime. O suspeito de ter executado os disparos, responderá por homicídio e tentativa de homicídio qualificados mediante paga e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de falsa comunicação de crime.
O motorista do carro foi denunciado pelos mesmos crimes: homicídio e tentativa de homicídio qualificados mediante paga e recurso que dificultou a defesa, e falsa comunicação de crime. Já o mecânico, suspeito de fornecer a arma de fogo usada nos fatos, foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio qualificados mediante paga e recurso que dificultou a defesa, bem como por posse irregular de arma de fogo.
Sobre o caso
A vítima, ao lado do marido, era proprietária de uma rede de postos de combustível. Segundo informações da Polícia Civil, no dia da morte de Cristiane o casal saiu do estabelecimento e foi seguido por um veículo Renault Sandero. Dentro do carro, estavam o atirador e o motorista. No bairro Humaitá, a dupla parou o veículo ao lado do carro da vítima e um deles realizou os disparos.
Após os tiros a dupla fugiu. O motorista seguiu com o carro até Imbituba, onde o veículo foi abandonado. O atirador, por sua vez, ficou em Tubarão e depois acionou um transporte por aplicativo para ir até o município vizinho buscar seu comparsa. Dias depois do crime, a Polícia Civil conseguiu prender a dupla. O motorista de aplicativo que prestou o serviço também chegou a ser detido, mas foi liberado após confirmar que não fazia parte da trama do crime.
Os investigadores acreditam que no dia da prisão do atirador e do motorista, o mecânico e o mandante do crime tenham fugido de Tubarão. A arma usada no crime foi encontrada na casa do mecânico durante mandado de busca e apreensão no imóvel. As irmãs do marido de Cristiane não possuem relação com o crime, apontou a Polícia Civil. No momento, o dono da arma usada no crime e o cunhado da vítima ainda seguem foragidos.
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