Por Nei Manique - neimanique@engeplus.com.br
Em 09/10/2008 às 11:38Na noite de 9 de outubro de 1963, uma falha geológica provocou o deslizamento de milhões de toneladas de rochas do Monte Toc fazendo transbordar o lago artificial que abastecia uma hidrelétrica. A tragédia ganhou o nome da represa de Vajont, embora a obra tenha permanecido intacta na cidade de Longarone, província de Belluno, nordeste da Itália.
Apesar das cifras iniciais superestimadas, o número oficial de vítimas chocou a opinião pública mundial: 1.909 pessoas pereceram sob a força do vagalhão. O desastre chegou a ser comparado a um tsunami. A onda com dezenas de metros de altura primeiro varreu a zona central da cidade. Depois retornou ao leito da via férrea, ampliando a destruição.
Fotos de antes e de depois da tragédia ganharam manchetes em todo o mundo. Na região de Criciúma, o desastre causou comoção entre centenas de parentes das vítimas, a maioria residente em Urussanga. Junto às recordações, um cartão-postal despachado por membros da família Tasso dois meses antes da catástrofe.
Na Quermesse de 1993, a Associação Bellunesi Nel Mondo reverenciou as vítimas ao lembrar os 30 anos da tragédia. Longarone reergueu-se como pólo industrial da região do Vêneto e recompôs sua população, hoje com mais 4 mil habitantes. O Cemitério de Vajont acolhe celebrações e visitas neste dia, feriado na cidade. A represa segue incólume, marco do descuido humano com a natureza.
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