Saúde

Pacientes reclamam da demora no atendimento em UPAs 24 horas em Criciúma

Unidades atenderam um público 40% acima do normal nesta quarta-feira

Por Jessica Rosso Crepaldi - jessica.rosso@engeplus.com.br

Em 16/11/2022 às 22:35
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Foto: Jessica Rosso Crepaldi/Portal Engeplus

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas dos bairros Rio Maina e Próspera, em Criciúma, atenderam um público 40% acima do normal nesta quarta-feira, dia 16, após o feriado da Proclamação da República. Ontem, durante todo o dia, as unidades tiveram uma média de 300 atendimentos cada uma. Hoje, às 19h15, uma das unidades já havia ultrapassado 600 atendimentos. A grande demanda causou indignação em alguns pacientes por conta da demora no atendimento. 

Uma senhora de 88 anos, que preferiu não se identificar, chegou à unidade às 14 horas. A reportagem esteve no local pouco antes das 19 horas, e ela ainda não havia sido atendida. Ela relatou que procurou atendimento para uma consulta em virtude de problemas no coração. Muitos pacientes relataram que estavam há cerca de 3 a 4 horas aguardando na fila. 

O responsável pelas unidades é o Instituto Maria Schmitt (Imas). O diretor geral das UPAs, Fabiano Ribeiro Teixeira, explicou que um dos fatores para essa grande demanda ter ocorrido hoje são os atendimentos ambulatoriais (67%), que não são de urgência e emergência, vindos de pacientes que procuram a UPA em vez da Unidade Básica de Saúde (UBS) para consultas. Outro fator que teria causado esse aumento anormal, segundo ele, é que a população que seria atendida no dia de ontem procurou a unidade nesta quarta-feira, dia 16. “Ontem a procura foi baixa”, ressaltou. 

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Teixeira explicou que no dia de hoje, por conta da grande demanda, que estava acima da capacidade operacional das unidades, a prioridade passou a ser de situações com algum risco de morte, e não por idade. "As duas unidades estão trabalhando até meia-noite com três médicos cada uma, além de toda a equipe técnica. Depois da meia-noite o atendimento passa a ser feito por dois médicos", explica.

O diretor explicou ainda que as pessoas precisam procurar a UPA somente em caso de urgência ou emergência, ou caso não recebam atendimento médico na UBS. “A UPA não devolve paciente sem passar pelo médico”, explicou o diretor, sobre as pessoas se deslocarem até a UPA mesmo se não for um caso de necessidade imediata de atendimento.

Casos de Covid-19

As UPAs estão testando cerca de dois a três casos de suspeita de Covid-19 por dia. O último caso positivo para a doença ocorreu na última segunda-feira, dia 14.

No dia de hoje a reportagem conversou com José Rodrigues, de 33 anos, que tem uma filha, com necessidade especial e que acredita que ela possa estar com Covid-19. Após 2 horas na UPA do Rio Maina, ele desistiu de esperar pelo atendimento por conta da quantidade de pessoas na fila. No momento em que ele devolveu a pulseira na recepção havia 16 pessoas aguardando em sua frente.

“Ela está com tosse e falta de ar. É a terceira vez que viemos e os medicamentos não estão fazendo efeito. Ela está desde o dia 9 medicada e nada resolve. Recebeu a pulseira verde [pouco urgente]”, disse. 

Segundo o diretor geral das UPAs, Fabiano Ribeiro Teixeira, a procura de pessoas com sintomas gripais tem aumentado.

Ele explicou que no geral, a unidade da Próspera tem capacidade para realizar 6.750 atendimentos mensais. Hoje, dia 16 de novembro, a unidade está finalizando o período em cerca de 5 mil atendimentos. Já a Unidade do Rio Maina, que tem capacidade para 5.650, hoje, já fez 4.800 atendimentos.

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