Por Jaqueline Backes
Em 27/02/2025 às 08:35Ah, o carnaval!
Para quem viveu os anos dourados da folia em Criciúma, essa palavra traz um misto de saudade e muitas lembranças. Era a festa mais aguardada do ano, e não era para menos. Nas férias de verão, nós já vivíamos a expectativa dos bailes, bordando à mão cada pedacinho das nossas fantasias.
Os clubes Mampituba e Criciúma Clube eram os grandes palcos desta festa. Os salões eram transformados em verdadeiros cenários de sonhos, repletos de brilho e cor. As marchinhas ecoavam pelas paredes e era impossível ficar parado.
Mas a festa não acontecia só nos clubes. A Rua Hercílio Luz, no coração da cidade, também era um reduto da folia. Na época, a rua podia ser fechada para o esquento dos bailes de carnaval, e o que se via era uma multidão alegre, dançando ao som das tradicionais marchinhas. A rua se enchia de gente e cores. Era um carnaval democrático, onde todo mundo era bem-vindo, bastava ter disposição e alegria no coração.
O preparo para o carnaval começava cedo. Durante todo o verão, cada detalhe era pensado. As fantasias não vinham prontas de lojas; elas eram verdadeiras obras de arte feitas em casa. As amigas se reuniam em tardes regadas a costura e conversa fiada. E o resultado era sempre surpreendente.
Com o passar dos anos, no entanto, essa chama parece ter se apagado. Aos poucos, os grandes bailes se esvaziaram, as ruas deixaram de ser tomadas pela alegria carnavalesca e a tradição perdeu espaço para outras formas de entretenimento. Talvez a modernidade tenha trazido novas opções, ou talvez a vida corrida tenha deixado menos espaço para essa entrega genuína à folia. Fato é que aquele carnaval de Criciúma, tão autêntico e cheio de alma, ficou guardado apenas nas memórias de quem o viveu.
Mas, mesmo que não tenhamos mais as tardes de costura das fantasias ou as noites intermináveis de baile, a nostalgia continua. E quem sabe, um dia, a cidade possa reviver essa tradição, resgatando a magia e o encanto do carnaval de antigamente. Afinal, a alegria do carnaval nunca morre; ela apenas adormece, à espera de um novo compasso para acordar.
Sobre a Colunista:
Jaqueline Backes é sócia da Nossacasa Feiras e Eventos, onde atua na idealização e realização de grandes eventos no Sul de Santa Catarina. Formada em Direito e Pós-Graduada em Marketing, Branding e Growth pela PUC, Jaqueline alia o conhecimento jurídico à visão estratégica de mercado. Atualmente, também exerce o cargo de Presidente do EMTURSUL Convention & Visitors Bureau de Criciúma, contribuindo ativamente para o fortalecimento do turismo e para o desenvolvimento econômico da região.
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