Com neblina, atenção deve ser redobrada na Serra do Rio do Rastro

No Verão é comum que a neblina seja mais constante em locais mais altos. É o caso da Serra do Rio do Rastro, que vem registrando nevoeiros intensos durante praticamente todos os dias do mês de fevereiro.  De acordo com o climatologista do Climaterra, Ronaldo Coutinho, a Serra é um degrau e quando o vento sopra do Litoral para o interior, acaba batendo no paredão e subindo. "Na medida em que sobe, o vento vai resfriando e quando chega no topo forma a neblina. Se ele continuasse subindo, formaria uma chuva", explica Coutinho.

No caso contrário, quando o vento sopra do interior para o Litoral, a neblina é arrastada da Serra para as praias. Ao descer, o vento esquenta e por isso as temperaturas sobem na região de Criciúma. "É mais fácil ter a Serra limpa no inverno, porque sempre tem vento vindo do interior. Não existe relação, no entanto, entre a neblina e a temperatura", observa o climatologista.

Segundo Coutinho, quando o nevoeiro está muito concentrado na Serra, o clima em Criciúma fica mais ameno, pois o vento quente não foi levado para o Litoral. "Já quando na Serra o tempo está limpo, é porque o vento desceu e esquentou mais. É o motivo da onda de calor do início do mês", pondera.

A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Bom Jardim da Serra alerta os motoristas para os cuidados necessários em casos de neblina. A velocidade máxima da rodovia é de 80 km/h, mas o ideal para estes casos, segundo o sargento Machado, é que o veículo esteja trafegando entre 50 km/h e 60 km/h.

"Além da velocidade reduzida, os faróis devem estar acesos e baixos. O farol de neblina também deve ser utilizado. Ainda não registramos acidentes devido a neblina, mas ela dificulta muito a visibilidade da pessoa. Nestes dias, o nevoeiro tem ficado mais denso do que o normal, e fica por mais tempo no alto da Serra. Quem for circular na SC-448 nestes dias deve ter cuidado", salienta o sargento.