Lamentação

Entre os jogadores, apenas Eder, Matheusinho e Gustavo falaram após o vexame do Tigre

Criciúma deixou o campo sob vaias e gritos de ‘vergonha’ após sofrer 5 a 2 para o Cuiabá

Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br

Em 10/06/2024 às 09:10
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Foto: Celso da Luz/Criciúma EC

O vexame protagonizado pelo Criciúma seguiu repercutindo após o apito final. A goleada de 5 a 2 imposta pelo Cuiabá sobre o Tigre, na tarde desse domingo, dia 9, no estádio Heriberto Hülse, provocou vaias e gritos de vergonha entoados na arquibancada por torcedores carvoeiros. 

Logo após o árbitro Bruno Arleu de Araújo (Fifa) encerrar a partida, os jogadores realizaram uma reunião no meio de campo e depois se deslocaram para o túnel de acesso aos vestiários. No caminho, o goleiro Gustavo, o atacante Eder e o meia Matheusinho usaram o microfone do Tabelando e explicaram a derrota para o até então lanterna do campeonato.

“Foi um dia ruim, não competimos no primeiro tempo. É parabenizar a equipe do Cuiabá, que foi competente. Da mesma forma que fomos lá contra o Vasco, enfiamos 4 a 0 neles lá e saímos aplaudidos, hoje eles vieram aqui, enfiaram 5 a 2 na gente e fizeram por merecer”, disse o goleiro, lembrando os aplausos dos torcedores do Criciúma para os jogadores adversários.

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Gustavo também refletiu sobre o impacto da goleada para os jogadores e lembrou os bons momentos que este mesmo grupo já protagonizou. “É cabeça erguida, isso não vai apagar a história que cada um tem no clube, isso não vai apagar a campanha que a gente vem fazendo, vamos continuar trabalhando de cabeça erguida, vamos seguir em frente”, afirmou. 

“Jogo traiçoeiro”

Entre os que falaram, o atacante Eder pareceu ser o mais incomodado com os protestos. Em cada gol sofrido ao longo da partida, o camisa 23 gesticulou, tentou animar os companheiros, mas no fim reconheceu a partida apática feita por ele e seus colegas de time.

“Sabíamos que seria um jogo traiçoeiro. O Cuiabá está há quatro anos na Série A, o Criciúma está retornando agora, após dez anos. Temos que ter pés no chão. Trabalhamos bem durante a semana e são jogos que servem de lição. Tem um ditado no futebol que diz que “tem dia que é noite”. E hoje eu resumo assim”, declarou.

Assim como Gustavo, Eder lembrou o momento marcante em que o time foi aplaudido pela torcida vascaína. Hoje, foi a vez do Cuiabá receber aplausos dos criciumenses. “Fomos aplaudidos em São Januário e vaiados dentro de casa. A torcida inteira aplaudiu o Cuiabá, o torcedor tem razão, paga o ingresso e aceitamos isso. Em um ano e meio que estou aqui, é o primeiro momento que a gente passa dificuldade e escutar reclamação é triste, mas eles pagam ingresso, tem razão de vaiar”, lamentou.


Gol de Matheusinho não foi suficiente para evitar vexame do Tigre. (Foto: Celso da Luz/Criciúma E.C)

Jogo coletivo não funcionou

Matheusinho marcou o primeiro gol do Criciúma aos 17 minutos da etapa final e viu o zagueiro Tobias Figueiredo fazer o segundo aos 20. Mas a tentativa de reação não avançou além disso e o Criciúma ainda sofreu o quinto no final. Para o meia, o primeiro tempo apático impossibilitou um cenário diferente.

“Não tem o que falar. Infelizmente não conseguimos nos encontrar no primeiro tempo e isso gerou a nossa derrota. Nesses momentos temos que concentrar, manter a calma e a cabeça no lugar porque o campeonato é longo e tenho certeza que vamos sair dessa. Não tem ninguém que possamos culpar. O culpado foi a equipe toda”, avaliou.

Com o resultado, o Criciúma estacionou na 16ª colocação, com 5 pontos. O Cuiabá, que ainda não tinha vencido e marcado gols na Série A, subiu para a 19ª colocação, agora com 4 pontos. Na quinta, o Tigre visita o Athletico Paranaense na Arena da Baixada, em Curitiba, enquanto o time do técnico Petit visita o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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