Por Rafaela Custódio -
Em 12/10/2020 às 09:00Um milagre. Essa é a definição dada pela família de Heloa Correa Fernandes ao falar de seu nascimento. Hoje ela tem cinco meses, mas nasceu de 28 semanas e com apenas 646 gramas e 33 centímetros. A bebê ficou internada quatro meses no Hospital Materno Infantil Santa Catarina (Hmisc) e atualmente está em casa com os pais Anderson Fernandes e Monique Ana Correa.
Nesta segunda-feira, dia 12, é comemorado o Dia das Crianças, e a reportagem do Portal Engeplus conta a partir de agora a história de Heloa, que luta pela vida desde que nasceu.
Heloa é considerada um bebê prematuro, pois nasceu antes de 36 semanas e 6 dias. A mãe conta que a gravidez não foi planejada, porém os pais queriam um filho. “Eu já havia perdido dois bebês, então, quando descobri a terceira gravidez, ficamos felizes”, conta. “Eu não sentia enjoo. Foi uma gravidez completamente normal, porém acabou mudando quando realizei o ultrassom morfológico e foi percebido que uma veia do cordão umbilical estava parcialmente entupida. Entretanto, possuía chance de reverter a situação, então comecei a tomar injeções, mas infelizmente não conseguimos mudar o quadro”, acrescenta Monique.
As dificuldades começaram cedo
Após o ultrassom, Monique precisou se afastar do trabalho, pois precisava fazer repouso absoluto. “Precisei ir para o Hmisc e fiquei dois meses internada para conseguir segurar a gestação. Foi todo um cuidado da equipe médica para que minha filha pudesse sobreviver. Quando a veia do cordão umbilical entupiu 100%, precisei realizar a cesária”, lembra.
Monique não ficou muito tempo com a filha e a bebê já foi levada diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já que possuía baixo peso. “Vi ela rapidamente, mas peguei minha filha no colo apenas aos três meses de vida”, descreve.
A força de viver de Heloa
Com apenas 646 gramas, Heloa foi para a UTI desde as primeiras horas de vida e ficou internada durante quatro meses. Ela recebeu todo o cuidado necessário da equipe do Hospital Materno Infantil Santa Catarina e também da mãe Monique. “Foram seis meses intensos. Depois que ela nasceu, eu precisava ir à unidade hospitalar para deixar o leite materno para ela no Banco de Leite. Por diversos momentos, fui duas vezes ao dia. Era doloroso saber que eu tinha que voltar embora e não poder trazer minha filha, mas sabia que, naquele momento, era necessário”, afirma.
Monique e Anderson estão juntos há seis anos. Os dois se uniram ainda mais e ele esteve ao lado dela em todos os momentos. “Quando eu estava internada, ele trabalhava durante o dia e dormia no hospital comigo. Foram dois meses bem complicados e cansativos. Mas ele esteve comigo em todos os momentos desde o nascimento da nossa filha”, relata Monique.
Pós internação
Após ganhar peso e conseguir mamar no peito, Heloa pode deixar o hospital depois de quatro meses. “Tudo isso aconteceu durante a pandemia do novo coronavírus. Não fizemos chá de bebê e precisamos pular algumas etapas de toda gravidez, mas são apenas detalhes, pois, graças a Deus, minha filha está com saúde”, destaca Monique.
Atualmente, Heloa está com 3,86 kg e está crescendo a cada dia e medindo 49 centímetros. “Apesar de ainda ser uma criança pequena, ela já consegue identificar nossa voz, já mama normalmente e tem uma vida como qualquer bebê de cinco meses. Ela já até quer sentar sozinha”, conta Monique.
Futuro
Monique está em casa para cuidar da filha, que precisa de atenção redobrada para ganhar peso a cada dia, e também em virtude da pandemia do coronavírus precisa ainda mais cuidados. “Ela é bem ativa e esperta. Tenho certeza que será uma criança feliz e logo vamos ver ela correndo e brincando”, estima.
A mãe de Heloa ressalta a mudança que a filha trouxe em sua vida. “Minha filha é um milagre de Deus. Para as mulheres que sonham em ser mães, continuem tendo fé, assim como eu tive com a minha filha”, finaliza. Confira fotos de Heloa:
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