Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 14/08/2023 às 18:45A obra de pavimentação da Serra da Rocinha, na BR-285, tem prazo para terminar no lado catarinense. É o que garante o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ao estipular março de 2024 como a data de conclusão dos trabalhos que iniciaram em 2016.
A Serra da Rocinha é considerada um importante corredor de turismo e une os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e está dentro da BR-285, rodovia que inicia em Araranguá e termina em São Borja (RS), na fronteira com a Argentina. Ainda não há previsão para a pavimentação da Serra da Rocinha no lado do Rio Grande do Sul.
Obra no lado catarinense é considerada mais complexa que a do lote gaúcho. (Fotos: Thiago Hockmüller/Arquivo Engeplus)
“Conforme o planejamento e cronograma, caso não haja intempéries, como a de março deste ano em Timbé do Sul, queremos entregar esta obra em março de 2024. Confiamos na empresa e nos prazos. Somos o estado que está em 1º lugar em contrato de construções e a finalização da obra da BR-285 é uma das nossas prioridades”, afirma o superintendente Regional do Dnit, Alysson Rodrigo de Andrade.
De acordo com o superintendente, a obra no lado catarinense está 92% concluída. E problemas com o preço de insumos e também com a chuva foram o principal motivo do atraso na entrega da obra. “Em Santa Catarina temos um desafio muito grande que é aumentar a condição de toda a malha, que hoje 51% é boa, esteve em 36% no final do ano passado e a meta é elevar em 70% no final do ano. Para isso precisamos de 100% de contratos de manutenção cobrindo todas essas rodovias. Uma das razões pelas quais ainda não acabou é também a chuva, porque se trata de encostas e as pedras descem sucessivamente e atrapalham o andamento do trabalho”, explica.
O anúncio aconteceu durante vistoria na obra, trabalho realizado ao longo da manhã e fruto de articulação da deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), que também é membro da Comissão sobre Obras Paralisadas e Inacabadas da Câmara dos Deputados.
“O prazo dado foi março de 2024, mas temos que ter o dia também para poder pressionar. Fiz a provocação para que seja dia 30. Vamos ver se vão concretizar, mas pela apresentação do superintendente tenho esperança”, afirmou a deputada em entrevista ao Portal Engeplus.
A obra no trecho catarinense ainda precisa de um quilômetro de pavimentação para ser concluída. Porém não é um trecho único e sim diversos pontos menores considerados complexos. “O superintendente explicou que nem a Serra do Rio do Rastro e nem a do Corvo Branco possuem tal complexidade. É um trecho com contenções. A complexidade faz com que a obra tenha custo e prazo maior”, afirma.
Corredor de desenvolvimento
Serra é considerada essencial para o turismo e escoamento da produção.
Em abril deste ano, a reportagem percorreu a Serra da Rocinha e contou detalhes sobre esta importante obra, que é considerada providencial para o desenvolvimento econômico de ambos os estados. Pelo lado catarinense, são 22 quilômetros, sendo 21 já concluídos. São quatro viadutos e duas pontes. O quilômetro que ainda falta está dividido em seis pedaços entre os KMs 50,6 e 55.
A deputada garante empenho para pressionar pela pavimentação do lado gaúcho, que compreende oito quilômetros e ainda a construção de uma ponte de 400 metros de extensão. “Vamos pegar o encaminhamento da vistoria e fazer um relatório para apresentar. Espero relatar amanhã para a comissão e vou buscar o coordenador e o pessoal do Rio Grande do Sul para que haja uma pressão para finalizar”, explica
A importância da conclusão da obra também no lote gaúcho é a relevância que a Serra da Rocinha possui para promoção do desenvolvimento econômico dos estados, sobretudo no setor de turismo. Santa Catarina ainda possui interesse comercial, já que o Porto de Imbituba aparece como destino para o escoamento da produção gaúcha, que hoje é direcionada para o Porto de Rio Grande.
“Desde que cheguei na Câmara havia promessas para entregar. É uma obra que vai envolver turismo, geração de emprego e renda, e o porto. Todos afirmam que o Porto de Imbituba tem um dos maiores calados do Brasil, então essa obra é importante para o escoamento da produção, que hoje é o Porto de Rio Grande e será o de Imbituba. O Governo do Estado está empenhado para que isso seja concluído e todos os estados serão beneficiados”, afirma a deputada.
A reportagem completa sobre a Serra da Rocinha, você confere clicando aqui.
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