Pecuária em alerta

Casos de raiva em bovinos são registrados em quatro municípios do Sul de Santa Catarina

Doença foi positivada em Jacinto Machado, Orleans, Tubarão e Meleiro

Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br

Em 02/10/2024 às 17:12
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Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

A morte de bovinos por conta da doença de raiva está em evidência no Sul de Santa Catarina após quatro municípios registrarem casos em 2024. As análises feitas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) confirmaram os casos em Jacinto Machado, Orleans, Meleiro e Tubarão. A principal causa de transmissão da doença é a mordida do morcego hematófago.

Os casos de Jacinto Machado e Orleans foram confirmados em junho após análise e coletas de amostras. Em Meleiro e Tubarão as confirmações aconteceram na última sexta-feira, dia 27 de setembro. As propriedades rurais onde estavam o animal infectado são monitoras por cerca de 90 dias. Se não houve mais casos suspeitos, o acompanhamento é encerrado.

As formas de infecção ainda não foram confirmadas. Segundo o médico-veterinário da Cidasc de Criciúma, José Henrique de Oliveira, a suspeita é que os animais foram contaminados por morcegos. Os quatro bovinos que testaram positivos morreram. É comum que após de sete dias os animais infectados morram, ocorrendo nos casos contabilizados no Sul de Santa Catarina. 

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“Os casos de Jacinto Machado e Orleans estão quase completando 90 dias, sem a confirmação de nenhum caso positivo posteriormente. Os demais ainda estão em análise, mas, estamos realizando monitoramento e acompanhamentos em conversas com os pecuaristas das localidades”, explicou o médico-veterinário

Casos de raiva foram confirmados em junho e setembro no Sul de Santa Catarina. (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom)

Recomendação de segurança

A doença de raiva é transmitida aos bovinos pela saliva do morcegos hematófago, que ao se alimentarem do sangue, infecta o animal com o vírus e consequentemente deixando os bovinos doentes. Após a transmissão, os principais sintomas da doença são dificuldades de engolir, excesso de salivação e dificuldade de caminhar com evolução para paralisia.

Para prevenção de casos futuros, a recomendação é que o rebanho esteja com a cobertura vacinal em dia. De acordo com o órgão, os animais que nunca foram vacinados contra raiva, precisam receber a primeira dose com segunda dose 30 dias depois. As doses de reforços precisam ser feitas a cada seis meses.

“Em regiões que não tenham sido detectados focos de raiva há, pelo menos, dois anos, as doses de reforço podem ser realizadas anualmente, ao invés de semestralmente. Animal que foi vacinado e recebeu dose de reforço há mais de 180 dias, e deu foco de raiva na região, deve ser vacinado novamente e manter as doses de reforço a cada seis meses”, pontuou a companhia.

Nessas situações, casos os pecuaristas percebam os sintomas, a Cidasc precisa ser notificada o quanto antes. A companhia pode ser acionada por meio do telefone (48) 3665-7000.

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