Réus

Justiça condena 17 pessoas por participação no assalto ao Banco do Brasil em Criciúma

Crime foi considerado o maior roubo do Brasil e provocou noite de terror no município

Por Lucas Renan Domingos - lucas.domingos@engeplus.com.br

Em 27/11/2024 às 14:17
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Foto: Thiago Hockmüller/Arquivo/Portal Engeplus

A 1ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma condenou 17 pessoas envolvidas no que foi considerado o maior roubo do Brasil. A ação criminosa aconteceu em Criciúma na noite e madrugada dos dias 29 e 30 de novembro de 2020. O alvo foi a agência do Banco do Brasil, no Centro da cidade. As penas variam de 9 a 50 anos de prisão.

Dos réus, 11 participaram diretamente do assalto e outros seis teriam contribuído no crime. As condenações foram pelos delitos de participação em organização criminosa, prática de latrocínio (na ação um policial militar foi gravemente ferido), por causar incêndio, por uso de documento falso e dano. Entre os condenados estão 13 homens e quatro mulheres.

Relembre o caso

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No dia do crime, Criciúma foi sitiada pelos criminosos fortemente armados. Após uma série de atos violentos pela cidade, eles arrombaram a tesouraria regional do Banco do Brasil de onde roubaram R$ 125 milhões e depois fugiram deixando rastro de dinheiro, explosivos instalados - o suficiente para derrubar o prédio que abriga a agência. 

Em um primeiro momento, acreditava-se se tratar do ‘novo cangaço’, todavia, a investigação concluiu que o assalto faz parte do chamado ‘domínio de cidade’, prática aplicada por dezenas de criminosos em cidades de médio e grande porte.  

A ação começou com um caminhão sendo incendiado e jogado contra a guarita do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), formando uma barricada em frente ao prédio, com a tentativa de evitar a saída de viaturas. 

Logo na sequência, os bandidos, embarcados em aproximadamente dez carros escuros e armados com fuzis de alto calibre, iniciaram uma série de disparos contra o prédio. Mais tarde o Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que mais de 200 tiros atingiram a fachada do batalhão.  


Após o ataque à sede da PM de Criciúma, o grupo seguiu em direção à área central, mas antes ainda trocaram tiros com policiais. As mesmas guarnições que tentavam chegar ao batalhão, acabaram indo de encontro aos criminosos, resultando em um confronto. 

Já na região central de Criciúma, a ação dos bandidos deixou claro qual seria o alvo: a agência do Banco do Brasil, localizada na avenida Getúlio Vargas. Para evitar que qualquer força policial se aproximasse deles, os criminosos montaram uma forte e bem elaborada estratégia de posicionamento. 

Os assaltantes pararam os veículos em dez cruzamentos nos arredores do Banco do Brasil. Eles renderam profissionais da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma que trabalhavam nas ruas e os fizeram de reféns.

Para finalizar, iniciaram uma série de disparos de armas de fogo de alto calibre, mostrando todo o poder bélico que possuíam em mãos e aterrorizando os moradores do Centro.  

Por ruas vicinais a organização criminosa conseguiu chegar até a região do Picadão, já no município de Nova Veneza. Lá, abandonaram os carros de luxo em uma plantação de milho, dentro de uma propriedade privada. Com os malotes de dinheiro eles escaparam em um caminhão, terminando assim o maior roubo da história do Brasil.  

Em novembro de 2021, o Portal Engeplus publicou uma matéria especial onde contou detalhes do crime, da investigação e lembranças de pessoas diretamente impactadas pela ação criminosa. Clique aqui para ler

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