Por Redação Engeplus
Em 21/03/2025 às 17:05Com a chegada do outono e a proximidade do inverno, os cuidados com a pele do rosto precisam ser reforçados. A dermatologista Ana Carolina Búrigo, da clínica Belvivere, destaca que a mudança de temperatura e a diminuição da umidade do ar podem causar ressecamento e sensibilização da pele, tornando essencial a adoção de uma rotina adequada de hidratação e proteção.
“No outono, o ar mais seco e os banhos mais quentes tendem a desidratar a pele. O hidratante, que muitas vezes era mais leve no verão, pode ser substituído por um mais potente. Além disso, os lábios também precisam de atenção, com o uso frequente de bálsamos labiais para evitar ressecamento e rachaduras”, explica a dermatologista.
A queda na temperatura abre espaço para a realização de procedimentos dermatológicos mais invasivos, como peelings e lasers. Segundo Ana Carolina, isso ocorre porque a menor exposição ao sol reduz o risco de manchas e facilita a cicatrização.
“Para uma boa recuperação da pele, é essencial continuar usando o protetor solar, evitar manipular a região tratada e manter a hidratação. A retirada precoce de casquinhas ou coçar a pele pode levar a infecções e manchas permanentes”, alerta a dermatologista.
Fatores externos e hábitos prejudiciais podem comprometer a cicatrização da pele. O tabagismo é um dos principais vilões, uma vez que esse hábito reduz a circulação sanguínea e o fornecimento de oxigênio para a pele, dificultando a recuperação. “O cigarro atrasa o processo de cicatrização e aumenta o risco de infecções e complicações. O consumo excessivo de álcool também tem impacto negativo, pois intensifica os processos inflamatórios da pele”, afirma a médica.
Outro hábito prejudicial, segundo a doutora Ana Carolina, é o manuseio excessivo da pele durante a cicatrização. “Coçar, esfregar ou manipular feridas pode contaminar a pele, retardando o processo de recuperação e piorando o quadro, levando a manchas e cicatrizes mais evidentes”, explica.
Recentemente, um caso envolvendo um procedimento para cicatrizes de acne gerou alerta nas redes sociais e na mídia. Uma paciente realizou um peeling combinado com microagulhamento e sofreu graves complicações, como necrose e formação de cicatrizes hipertróficas.
“Na dermatologia, sabemos que nenhum tratamento é milagroso. No caso de cicatrizes de acne, não existe um único procedimento capaz de eliminá-las completamente. O laser de CO2, por exemplo, é uma das principais opções, mas muitas vezes precisa ser combinado com outros métodos para um resultado mais eficaz”, esclarece a dermatologista.
O tratamento de cicatrizes depende do tipo e do grau da lesão. “Temos cicatrizes hipertróficas, queloidianas e atróficas, que apresentam alterações de volume, e cicatrizes pigmentadas, que podem ser mais claras ou mais escuras do que a pele ao redor. Cada uma exige uma abordagem específica”, explica Ana Carolina.
Dentre os tratamentos mais indicados estão o laser de CO2, radiofrequência microagulhada, peeling químico e microagulhamento com drug delivery. “Nos casos de cicatrizes com alterações de volume, o objetivo é nivelar a pele para deixá-la o mais homogênea possível. Já para as cicatrizes pigmentadas, tecnologias como luz pulsada e microagulhamento podem ser eficientes”, finaliza a especialista.
Colaboração: Amanda Garcia Ludwig/Traquejo Comunicação
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