31 dias da morte

Pai de Thamily Ereno cobra respostas sobre a morte da filha: “Alguém tem que dizer alguma coisa"

Ela foi morta durante uma operação da Polícia Civil em Criciúma

Por Rafaela Custódio - rafaela.sousa@engeplus.com.br

Em 23/04/2025 às 10:26
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Foto: Rafaela Custódio/Arquivo/Portal Engeplus

A família da jovem Thamily Ereno, de 23 anos, alvejada na cabeça, durante uma operação da Polícia Civil no bairro São Sebastião, em Criciúma, no dia 21 de março desse ano, está cobrando respostas sobre a investigação do caso, que levou a morte da moradora de Criciúma. A ação da Polícia Civil buscava cumprir um mandado de prisão contra um homem de 20 anos, companheiro da vítima, procurado por envolvimento em crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

O pai de Thamily, Davi Ereno, cobrou nas redes sociais uma resposta da Polícia Civil e também do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). “Todo mundo sabe que fiquei calado um tempo, porque minha cabeça também estava muito agitada. Mas agora eu venho pedir que se veja o que aconteceu nessa ação. Se vai ter investigação, se não vai ter investigação. Até então, ninguém se manifestou em nada. Hoje, faz 30 dias que a minha filha morreu, que a minha filha foi alvejada por um agente do Estado. Eu quero saber como está a situação. Quero um esclarecimento de um representante do Estado. Alguém tem que me dar uma resposta, alguém tem que dizer alguma coisa, que até então tá todo mundo quietinho, ninguém está falando nada, ninguém está resolvendo nada, acredito que ninguém tá se mexendo. Então quer dizer que uma vida do inocente se foi e vai ficar por isso mesmo?”, declarou o pai da vítima.

Ereno pediu por justiça e manifestações do Estado. “Que haja uma manifestação do Ministério Público perante esse caso, que não fique no descaso. O que o representante do Estado está fazendo comigo é um descaso e que pode fazer com qualquer um de vocês e o filho de vocês pode estar sendo alvejado também e o representante do Estado não tá nem aí, para eles é só mais uma pessoa”, pontuou. Confira o vídeo completo abaixo: 

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O Portal Engeplus entrou em contato com o delegado Rafael Iasco, que está respondendo pela 6ª Delegacia Regional de Polícia (6ª DRP), sobre novidades na investigação e ele apenas respondeu que não há alterações sobre o caso. 

Em entrevista ao programa João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, logo após o fato, o delegado da 6ª Delegacia Regional de Polícia (6ª DRP), André Milaneseafirmou que durante a operação, os policiais civis buscaram cumprir um mandado de prisão contra um jovem de 20 anos, que era companheiro de Thamily e investigado por envolvimento em tráfico de drogas e organização criminosa.

“O namorado era investigado pela Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Criciúma. Antes da abordagem da última sexta-feira, os policiais já tinham cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do criminoso. No local, os policiais apreenderam objetos e essas provas foram utilizadas para a expedição do mandado de prisão contra o companheiro da vítima”, explicou.

A abordagem no bairro São Sebastião aconteceu no momento em que o suspeito visitava a casa dos pais. Milanese afirmou que quatro polícias e duas viaturas participaram da operação. Os carros e os policiais estavam descaracterizados, pois não queriam ser identificados pelo investigado. Leia mais sobre o caso: 

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