Noite tensa

Raio-x da reunião: Prejuízo, luva milionária e folha mensal de mais de R$ 3 milhões

Números foram expostos aos conselheiros, que cobraram da diretoria executiva

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Por Mateus Mastella

Em 29/05/2025 às 09:28
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Foto: Mateus Mastella

Polêmica, cobranças e números revelados. Foi assim o roteiro da reunião que aconteceu na noite dessa quarta-feira, na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). O encontro foi um pedido do conselho fiscal do Criciúma, que analisou os números do primeiro trimestre e observou um gasto excessivo do que tinha sido aprovado em orçamento para a temporada de 2025.

Por aproximadamente duas horas, conselheiros pediram explicações ao presidente Valter Minotto e ao superintendente do clube, Paulo Cesar Bittencourt, que tentaram justificar os gastos do primeiro trimestre e a projeção de custo de abril até dezembro. 

Orçamento para 2025! 

Para o orçamento deste ano, foi aprovado o valor o de R$ 38.052.500,00 tanto para receber quanto para gastar. Sendo assim, o ano terminava empatado.

Primeiro trimestre!

De janeiro até março, o Criciúma gastou R$ 17.271,057. Ao mesmo tempo, obteve uma arrecadação de R$ 16.975.157. O futebol, oriundo pela Copa do Brasil e a cota da Série B, arrecadou R$ 10.367.855, mais R$ 5.302.971 de receita de sócios. O resto do valor vem de receitas de produtos, patrocinadores, enfim.

De abril a dezembro!

Nos números apresentados, o Tigre tem a previsão de uma receita durante os 9 meses de R$ 41.070.738,12. Já a despesa, neste meio tempo, a previsão é de R$ 54.537.887,74. O déficit financeiro ficaria em -R$ 13.467.149,62.

Para cobrir ou diminuir valor da falta de dinheiro do caixa, o Criciúma tem alguns caminhos: desinchar o elenco e diminuir a folha salarial, que hoje gira em torno de R$ 3,1 milhões; vender jogadores da base; cortar custos do clube; ou usar o dinheiro em caixa, dos tais R$ 20 milhões que sobrou do clube ao final de 2024, conforme apresentado em reunião no dia 27 de abril para os conselheiros.

Comissões e luvas!

Dos números apresentados, o Criciúma gastou R$ 5.605.729,39 com comissões e luvas para empresários, de janeiro a março.

  • Juninho: R$ 1 milhão em luvas, pagos em 24 vezes de R$ 50 mil; em comissão, R$ 168 mil, pagos em 8 vezes de R$ 21mil;
  • Neto Pessoa: R$ 260 mil em luvas, sendo 1 vez de R$ 100 mil e mais 4 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 120 mil, pagos em 6 vezes de R$ 20 mil;
  • Felipe Mateus: R$ 200 mil em comissão, em 20 vezes de R$ 10 mil; em luvas, R$ 120 mil, dividido em 24 vezes de R$ 5 mil.
  • Morelli: R$ 440 mil por empréstimo, sendo 11 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 110 mil em comissão, dividido em 6 vezes de R$ 18.333,33
  • Caique: R$ 250 mil pagos por empréstimo até o final de 2026, sendo pago 1 vez de R$ 100 mil, mais 4 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 168 mil, dividido 8 vezes de R$ 21 mil.
  • Castan: R$ 282 mil em comissão, sendo 12 vezes de R$ 23,5 mil
  • Gabriel Barros: R$ 240 mil pagos por empréstimo internacional, mais 10 vezes de R$ 12 mil por intermediação.

 

 

O conselho fiscal questionou a atual diretoria executiva porque não foi chamado, neste primeiro trimestre, para explicar que o orçamento iria extrapolar do que estava definido e como vai fazer para não onerar o caixa no restante da temporada. Abaixo, o presidente do conselho fiscal, Vitor Justino, responde essas e outras perguntas!

Já o presidente Valter Minotto explica o que aconteceu para gastar mais do que o planejado e o que pretende fazer para não onerar o caixa do clube. O cartola também respondeu a outros questionamentos.

O conselho deve colocar em ata e pedir a presença o ex-presidente Alexandre Farias em uma próxima reunião para dar explicações do gasto excessivo do primeiro trimestre.

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