Test drive

Impressões em 60 minutos - Ford Ranger XLS 2.2 4x4 AT

Por Redação Engeplus

Em 03/04/2017 às 16:06
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Especial: Vinícius Alexandre R. Fabrício

Pela primeira vez desde que lançada a coluna tive a oportunidade de testar um veículo Off-Road e para esta estreia, digamos assim, o modelo disponibilizado foi a Ford Ranger XLS 2.2 4x4 AT.

Para manter o padrão que vem sendo seguido, o teste teve uma parte de trecho urbano e outro rodoviário, um pouco diminuídos é verdade, para dar espaço ao grande diferencial que foi a parte fora de estrada por vias rurais na região, dadas as características desde tipo de veículo.

A caminhonete impõe respeito pelo tamanho e é bonita externamente, sendo que o seu acabamento externo não é nada luxuoso, mas é adequado e não foge à proposta, já que é um modelo Off–Road, de carga e de entrada (XLS). Neste quesito, destaque para as rodas de liga leve de 17 polegadas com pneus Pirelli Scorpion ATR e os para-choques na cor do veículo, que conferem um visual equilibrado, ao mesmo tempo bonito, mas sem perder a robustez.

Por dentro o acabamento também não tem nada de requintado, mas também achei adequado. Os bancos são revestidos em tecido, contudo são confortáveis e o do motorista conta com regulagem de altura e de lombar. Ainda que haja bastante uso de peças plásticas, elas são bem cortadas e encaixadas e ainda assim agradam no visual e principalmente pela facilidade de acesso aos comandos, todos bem localizados. Na parte traseira aquele problema crônico de conforto para os passageiros, que atinge/atingia praticamente todas as caminhonetes, em razão da posição do banco em relação ao assoalho do veículo e chassi parece ter sido solucionado ou pelo menos minimizado, já que a posição se assemelha a um carro de passeio e se mostra confortável.

No volante estão os controles do piloto automático, do computador de bordo, multimídia e telefone. O quadro de instrumentos é analógico com uma pequena tela ao centro com as informações do computador de bordo. Ainda no painel, a esquerda e abaixo do volante os controles de iluminação e dos retrovisores. Ao centro os controles de som e multimídia e ar-condicionado, que vale dizer, tem difusor na parte traseira.

Ainda no centro, entre os bancos da frente, está a alavanca de câmbio com possibilidade de trocar manuais e os controles e botões relativos ao sistema de tração, onde é possível selecionar a tração 4x2, 4x4 e 4x4 reduzida, bem como desligar/ligar algumas funcionalidades, como o assistente de descida. Logo atrás o apoio de braços com um bem útil porta-objetos duplo.

Saio já pensando em pegar a estrada e chegar logo na terra, mas me contenho e rodo um pouco pela cidade para atender aos parâmetros da coluna. Posso afirmar que apesar do tamanho assustar de início a caminhonete vai bem na cidade, o motor turbodiesel e o câmbio automático de 6 velocidades são capazes de deixar ela ágil, aproveitando bem o torque disponível e a tecnologia embarcada proporcionam conforto e segurança. Estacionar pode chegar a ser um problema nas primeiras tentativas, mas com um pouco de paciência e prática, logo é possível pegar o jeito. Resumindo, o tamanho da caminhonete não é um impeditivo, mas certamente o habitat natural dela é outro.

Na estrada ela começa a mostrar estar melhor habituada. A cabine alta possibilita uma visão bem ampla e o conjunto de  motor/câmbio apesar de números até modestos se comparados com outros modelos (até mesmo da própria Ranger) entrega um bom desempenho, sendo capaz de efetuar ultrapassagens em segurança  e também um rodar macio e silencioso quando em velocidade de cruzeiro.

O acerto da suspensão me deixou intrigado. Achei que ela seria ruim de curva, o que seria completamente normal se tratando de uma caminhonete, que costumam assustar rolando muito a carroceria lateralmente, em razão de o acerto visar o uso fora de estrada e para transporte de carga. Não deitou tanto nas curvas e se mostrou relativamente firme e estável o que me levou a crer que ela ia ser ruim na terra. Aliás, não rolou muito (frontal e lateralmente) também mesmo quando freava forte na curva, e aí eu tive a certeza de que na terra ela ia pagar por isso.

Chego à cidade de Treviso e vou logo tratando de colocar ela na terra e aí, para a minha surpresa, ela não toma nem conhecimento de buracos pequenos e médios e muito menos da terra e do cascalho solto, rodando de forma suave, confortável e segura, mesmo eu tendo abusado um pouco nas curvas. Eu que estava convicto de que o bom desempenho no piso pavimentado ia prejudicar o desempenho no fora de estrada, errei.

Não levei o carro a nenhuma trilha muito pesada (talvez em outra oportunidade) mas tentei ao máximo verificar os limites do carro para o uso normal e do cotidiano, trafegando por vias rurais em Treviso, Urussanga e Siderópolis e para isso o carro se mostrou mais do que suficiente.

Em aclives bem acentuados e com terreno molhado pude conferir o funcionamento do assistente de partida em rampa e da tração 4x4. Enquanto que na 4x2 a saída estava impossível em razão das rodas traseiras patinarem (estava partindo do meio da rampa – parado), com um simples giro no botão de seleção a tração passa do 4x2 para o 4x4 e aí a coisa fica séria, ou seria divertida?

Com o 4x4 ativado vencer a subida se torno algo bem mais simples e a caminhonete ganha velocidade com facilidade mesmo com o terreno bem escorregadio. Da mesma forma, apesar de não ter encontrado grandes atoleiros pelo caminho estava determinado a colocar a caminhonete em uma situação mais difícil e aí a escolha era sempre pelo pior caminho possível.

Parei completamente o carro em um trecho com razoável quantidade de lama, o suficiente para enterrar as 4 rodas e ter alguma dificuldade em sair apenas com o 4x2 e forçar a utilização do 4x4. Outro mundo, o 4x4 aliado à tecnologia embarcada fazem com que a tarefa fique extremamente simples, sequer tendo a necessidade do uso da reduzida.

Voltando e descendo ainda consegui colocar em funcionamento o assistente de descida e fiquei impressionado com o funcionamento. Fazendo uma analogia bem simples, com ele ligado a caminhonete desce sem deslizar nada, parecendo um “tatu de chuteiras”.

O veículo foi cedido gentilmente pela Concessionária Forauto Veículos Criciúma.

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