Por Redação Engeplus - jornalismo@engeplus.com.br
Em 22/03/2017 às 16:00Concluindo a série de reportagens especiais reproduzidas do Jornal da Manhã para destacar o Dia Mundial da Água, hoje comemorado, o Portal Engeplus enfoca as perspectivas futuras da Barragem do Rio São Bento, mais de dez anos depois da sua inauguração.
No capítulo anterior, mencionamos impasses do decorrer da obra, e na primeira abordagem recordamos histórias de quem testemunhou o pré-barragem na região, entre Siderópolis e Nova Veneza. A série é assinada pelos jornalistas Denis Luciano e Guilherme Hahn, e foi veiculada em julho de 2016.
Na barragem, um futuro de oportunidades
Texto: Denis Luciano
Fotos: Guilherme Hahn e Bruno Neka Dal Pont
O debate acabou, a várzea foi encoberta, as indenizações pagas, a água chegou nas torneiras, o passado na igrejinha deu lugar aos passeios e à criação de um ponto turístico. Certo? Nem tanto. “A Casan ainda é um pouco reticente quando tentamos, e tentamos muito, tornar a Barragem do Rio São Bento um atrativo turístico”, atesta o prefeito de Siderópolis. E outra briga de Hélio Cesa, o Alemão, é dar uma identidade sideropolitana à estrutura que garante água para mais de 750 mil habitantes.
“Nova Veneza, de forma inteligente, se beneficiou muito mais que Siderópolis”, reconhece. O prefeito quer dizer que, por conta da pavimentação do acesso à barragem pelo vizinho município, se desenvolveu todo um aparato do lado de Nova Veneza enquanto Siderópolis, dono da barragem na geografia, ainda se liga a ela por um caminho empoeirado e pedregoso.
A briga pela estrada, que vem desde antes da barragem estar concluída, continua. “Estamos tentando sensibilizar a Casan”, tem dito o prefeito. Também pudera, são 9,7 quilômetros, de uma obra que até tem recursos garantidos, parcialmente, mas anda devagar, quase parando. “Temos um convênio de R$ 1,2 milhão, a obra vinha muito lenta, mas vai acelerar. Até o fim do ano vamos concluir uma fase de 1,8 quilômetro”, garante. Até agora, asfalto a partir de Siderópolis somente por 440 metros, em Rio Jordão Baixo.
Um local para
turismo
Os técnicos da Casan deixaram claro, assim que a barragem estava concluída, que ali reinava a garantia do equilíbrio do abastecimento por trinta anos para a região. Dez já se passaram. “E sim, vai chegar o futuro no qual precisaremos de mais”, garante o deputado estadual Valmir Comin. Não fosse o emprego da água da barragem em outras atividades, como a rizicultura, mas somente para o consumo humano, daí o manancial persistiria por até cem anos. Além da necessidade por água, que voltará a bater à porta em duas décadas, imagina o parlamentar que muito antes disso, talvez imediatamente, o potencial turístico precisará se sobressair.
“Só pelo fato de preservar vidas com o fim de enchentes e de abastecer o consumo humano, o projeto já é válido, mas ele poderia ser melhor aproveitado turisticamente”, comenta Comin.
A prática de esportes pode ser um caminho. E ela aconteceu com sucesso em 2011, quando sediou as provas de remo dos Jogos Abertos de Santa Catarina, que tiveram Criciúma por base. “No ano passado, no Festival da Montanha, teve stand up ali. Esse ano, não teve pois a Casan não deixou”, lamenta o prefeito Alemão, voltando a lembrar uma suposta precaução exagerada da estatal de água. “Talvez por se tratar de água para consumo humano eles não incentivem esporte nem turismo ali”, observa. Para o deputado Comin, “a criação de trilhas, campeonatos de remo e vela poderiam incrementar a economia, gerar emprego e renda o ano todo”.
*Publicada no Jornal da Manhã de 22 de julho de 2016.
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