Por Milena Nandi - culturaemcena@engeplus.com.br
Em 10/09/2019 às 12:31Em polonês, korzenie significa raízes. E é justamente isso que o Grupo de Canto e Dança Polono-Brasileiro "Korzenie" busca em suas atividades. O Cultura em Cena bateu um papo com o coordenador do grupo, Bruno Demboski, que contou sobre a história, as dificuldades e as alegrias do Korzenie, que desenvolve suas atividades em Içara.
Criado em maio de 2015 a partir do desejo de compartilhar e ampliar os conhecimentos da cultura polonesa na região, o grupo deu os primeiros passos na Escola Jorge da Cunha Carneiro, no bairro Próspera, em Criciúma. Após um ano, os encontros passaram para o Centro Comunitário do bairro Buenos Aires, também em Criciúma. Já nesta época, além dos ensaios das coreografias, os integrantes tinham aulas de língua polonesa.
Dois anos se passaram e o grupo precisou mudar novamente de local. Desta vez, foi para a Escola Quintino Folhiarini Dajori, no bairro Presidente Vargas, em Içara. Atualmente, as atividades continuam no município, mas em locais diferentes. Às terças (às 18h45) e aos sábados (a partir das 14 horas), no FAI (Fomento às Atividades Inclusivas), no Centro e às quintas (a partir das 18h45) e aos domingos (às 14 horas) no CEU (Centro de Esportes e Artes Unificado, no bairro Vila Nova. O Korzenie tem o apoio da Fundação Cultural de Içara.
Vamos conhecer mais sobre o grupo?
Cultura em Cena: O motiva vocês a divulgarem a cultura polonesa?
Bruno Demboski: Nosso objetivo é resgatar e levar às próximas gerações os aspectos mais característicos da cultura polonesa, seja por meio danças e cânticos folclóricos, artesanato, culinária ou então através do idioma polonês.
O trabalho desenvolvido com o grupo vai além do que as pessoas costumam ver em nossas apresentações. Os integrantes não aprendem apenas a dança, mas também o idioma polonês, já que as coreografias sempre envolvem também o cântico folclórico. O trabalho envolve a disciplina, o respeito mútuo e o trabalho em equipe, afinal se todos não estiverem em sintonia, por mais que haja ensaio, não se consegue um bom resultado na hora das apresentações.
Cultura em Cena: Como é a organização das atividades? Há uma participação dos integrantes no processo de elaboração do figurino e apresentações?
Bruno Demboski: Temos quatro ensaios por semana e para coordenar o grupo, conto com o auxílio do meu irmão, Guilherme Demboski, que é responsável pelos agendamentos das apresentações e também auxilia durante os ensaios com o grupo, quanto às coreografias, confecção de trajes, material de mídia social e comunicação interna.
Nossas roupas são caras. Temos as opções de mandar fazer em Curitiba, um polo da cultura polonesa no Brasil, comprar diretamente da Polônia ou então tentar reproduzir da melhor forma possível para que não se percam as características originais dos trajes típicos. Atualmente boa parte dos nossos trajes e acessórios tem sido confeccionados por mim, com o auxílio dos integrantes do grupo. Para arrecadar fundos para ajudar na aquisição e manutenção de trajes e acessórios, costumamos realizar rifas durante o ano. Todos estão envolvidos pelo bem do grupo.
Cultura em Cena: Onde o público pode conferir o trabalho de vocês?
Bruno Demboski: Temos o costume de dizer que nos apresentamos onde as pessoas queiram, nosso público independente de idade, gênero ou condição social. O que geralmente "pedimos" em nossas apresentações são coisas como o transporte até o local, alimentação para os dançarinos ou se possível um cachê, dependendo do que a organização está disposta a oferecer. Temos nos apresentado em diversos locais, desde casas de repouso para idosos, até em eventos fora de Santa Catarina.
Cultura em Cena: E como faz para ser integrante do Korzenie?
Bruno Demboski: Para participar do grupo não é necessário muito. Basta ter acima de oito anos, vontade de aprender e dedicação. As pessoas têm um certo receio em fazer parte por ser um grupo étnico um tanto específico, porém, não há necessidade de ser descendente de poloneses para fazer parte do grupo. Eu mesmo tenho descendência de poloneses, italianos, alemães, portugueses e sabe-se lá mais qual (risos). Como eu sempre costumo falar: aquele que não é descendente às vezes faz muito mais pela cultura do que a pessoa que é.
Os interessados em participar do grupo, podem ir até os ensaios e conversar com Bruno.
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