Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br
Em 20/06/2025 às 14:49Uma espécie rara de tatu, o tatu-de-rabo-mole-grande, foi registrado pela primeira vez na Área de Proteção Ambiental (APA) que passa pelos morros Albino e Estevão, em Criciúma. O registro, que foi feito pelo biólogo Vitor Bastos, flagrou o animal na localidade em abril de 2025. Porém, a divulgação foi realizada apenas nessa quinta-feira, dia 19, na página das redes sociais do projeto Faunativa.
O vídeo foi feito por meio das armadilhas fotográficas instaladas pelo biólogo na região da Área de Proteção Ambiental. As câmeras estão no local desde 2021, entretanto, o animal foi visto apenas neste ano, devido à sua população ser baixa em Criciúma. Para Bastos, o registro do tatu-de-rabo-mole-grande mostra que ainda podem ter animais escondidos nas matas do município. Os outros registros do animal foram apenas na Área de Proteção Ambiental do Morro Cechinel.
“É de extrema importância filmar espécies raras e ameaçadas de extinção em nossas matas. Isso mostra que lá dentro tem vida, sendo moradia para diversas espécies e devemos preservar nossas últimas áreas de Mata Atlântica em bom estado de preservação. Sem as matas, não tem bicho. Os bichos são moradores das nossas terras também e possuem tantos direitos quanto os seres humanos”, ressaltou o biólogo, em entrevista ao Portal Engeplus.
Possibilidade de extinção
Conforme o biólogo, por conta da possibilidade de entrada dessa espécie na lista de animais ameaçados de extinção em Santa Catarina, reforça, ainda mais, a importância deste registro feito em Criciúma. O animal ainda não integra a lista de animais ameaçados de extinção do Estado, já que, no passado, quando a lista foi feita, não tinham muitas informações sobre o tatu-de-rabo-mole-grande.
"Hoje, com o maior número de pesquisas como a minha no projeto Faunativa, mostra que a espécie é raríssima em Santa Catarina. Inclusive, é rara no maior corredor de Mata Atlântica do Sul do Estado, como na encosta da Serra Geral. Então, registrar ela em uma área pequena de mata como as da APA que mencionei é uma vitória imensa”, destacou Bastos.
Ainda neste ano, além do registro em Criciúma, o animal também foi visto pela primeira vez pelo projeto de monitoramento ambiental no município de Morro da Fumaça. “Uma espécie como o tatu-de-rabo-mole-grande, ser registrada, após décadas de caça ilegal por causa de sua carne, é um aviso que a preservação da fauna e flora ainda é algo de muito valor, e que ainda há esperança paras nossas espécies”, ressaltou o biólogo.
Tatu-galinha
Além do tatu-de-rabo-mole-grande, outra espécie rara no município é o tatu-galinha. Todavia, além de terem bastante diferenças visuais, o tatu-galinha é visto com mais frequência nas matas da região Sul de Santa Catarina. "O tatu-galinha é mais alto e com o nariz mais fininho. Já o tatu-de-rabo-mole-grande é mais achatado, com um nariz mais pequeno e arredondado na ponta”, explicou Bastos.
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