Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br
Em 03/02/2017 às 19:31A lentidão da Justiça no Brasil é, também, culpa da própria Justiça. Eis uma das polêmicas declarações do desembargador Jorge Antônio Maurique em entrevista publicada hoje pela Revista Veja. “Sempre que o Judiciário sofre uma crítica, dizem que estão afrontando a independência”, comenta.
Desembargador federal da 4ª Região (TRF4), Maurique atuava em Criciúma quando foi promovido à função em Porto Alegre. Por aqui, respondeu por alguns anos pela 2ª Vara Federal e Juizado Especial Federal Cível Adjunto.
À Veja, Maurique contou detalhes de como levou seu gabinete a uma marca inédita: é o primeiro, em toda a história dos tribunais federais no Brasil, a ser certificado com a ISO 9001. “Tem tribunal refratário a mudanças. E tem juiz que fala que está tudo ótimo, mas tem processo parado há dez anos”, critica. A partir da histórica lentidão, ele colocou à sua equipe uma meta de concluir processos em quatro meses. E conseguiu. “O Judiciário é lento pois perde muito tempo com formalidades”, observa.
O desembargador comentou, ainda, o tamanho da perda do ministro Teori Zavascki, morto em recente acidente aéreo. “Perdemos muito. Ele era um técnico que falava pouco e muito discreto. Em vez de citar juridiquês, ele ia direto ao ponto”, elogia.
Maurique tem 56 anos, é gaúcho de São Luiz Gonzaga e estabeleceu grandes laços em Criciúma, pelos anos que aqui ficou. Ele formou-se em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1984 e em 1993 ingressou na magistratura. Leia a entrevista completa do desembargador clicando aqui.
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