Com 10 horas de julgamento, motorista acusada de dirigir alcoolizada e causar morte de pedestre é absolvida

Uma mulher, moradora de Içara, acusada de homicídio, foi absolvida após um julgamento de 10 horas, na comarca de Içara. O caso foi analisado pelo Tribunal do Júri, quase nove anos após o fato que motivou a denúncia.

Segundo os autos do processo, o caso ocorreu no dia 16 de novembro de 2015, por volta das 19 horas, na rodovia ICR-253 (Ascendino Eugênio de Freitas). De acordo com a acusação, a motorista dirigia sob efeito de álcool quando perdeu o controle do veículo, saiu da pista e atropelou uma pedestre. 

A vítima sofreu lesões graves e morreu ainda no local do acidente. A condutora foi submetida ao teste do bafômetro, que apontou um teor alcoólico elevado no organismo. Ela foi presa em flagrante e o julgamento ocorreu no Fórum da comarca de Içara. 

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Conforme o advogado de defesa, Leandro Alfredo da Rosa, o júri iniciou às 9 horas e encerrou por volta das 19h30. “Pela manhã foram ouvidas quatro testemunhas e interrogada acusada. Os debates iniciaram no início da tarde. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a condenação da acusada por homicídio qualificado por dolo eventual. A defesa pediu a absolvição por falta de provas do Dolo Eventual sustentado pelo MP ou a desclassificação para homicídio culposo (sem intenção)”, detalhou o advogado.   

Ao final dos debates, já no início da noite, os jurados por maioria absolveram a acusada. A votação aconteceu em uma sala secreta, onde só promotor, advogado, juiz e jurados ficam. Porém, ainda cabe recurso. “Não sabemos se pode ocorrer um novo julgamento, isso depende do Ministério Público, que pode recorrer e se o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que vai acolher o recurso ou não. Acredito que foi um resultado justo pelas provas que apresentamos”, pontuou o advogado.