Projeto de lei

Vereador propõe proibição do acorrentamento de animais em Criciúma

Proposta será apresentada na Sessão Ordinária desta segunda-feira, dia 14

Por João Gabriel da Rocha

Em 14/04/2025 às 11:26
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Foto: Freepik/Divulgação/Ilustrativa

O vereador Daniel Virtuoso Cipriano (PSDB) apresentará na Sessão Ordinária desta segunda-feira, dia 14, na Câmara Municipal, um Projeto de Lei N° 15/2025 que visa à proibição do acorrentamento de animais no município de Criciúma.

Segundo o vereador, a ideia do projeto surgiu a partir de conversas com o Núcleo de Bem-Estar Animal. “Notamos que há muitas denúncias sobre acorrentamento, confinamento inadequado e abandono de animais. Em especial, casos de pessoas que se mudam e deixam o cachorro amarrado no terreno. A equipe do Núcleo ajudou na construção da proposta, para enfrentarmos esse problema recorrente”, frisa.

Importância do projeto

Para Cipriano, essa proposta corrige um erro cultural. “Durante muito tempo, acreditamos que o cachorro tinha que ficar preso na corrente. O projeto mostra que o animal precisa, sim, de segurança, mas num canil com espaço para se locomover e fazer suas necessidades. Muitos vivem presos o dia inteiro, fazendo necessidades onde comem, sem água ou abrigo. A nova legislação visa garantir condições mínimas de dignidade para os animais”, afirma.

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Ele explica que o objetivo da lei é especificar melhor o que são os maus-tratos. “A lei federal é muito genérica. Ela fala em maus-tratos, mas não especifica direito o que isso significa, o que dificulta a fiscalização. A lei dará ferramentas reais para que o fiscal do Núcleo possa agir com base na lei”, destaca.

O vereador observa que a lei não proíbe completamente a contenção. “Um agente irá até o local e avaliará a situação. Para quem não tem condições, o importante é o animal não estar com sua rotina prejudicada, com alimento, abrigo e espaço disponível. Pessoas com cães de grande porte também podem os manter presos, desde que seja temporariamente, com uma visita em casa, por exemplo”, explica.

Penalidades e recolhimento

De acordo com o Cipriano, serão aplicadas penalidades para quem descumprir a nova lei. “Serão passíveis de multa entre R$ 1.000,00 e R$ 1.400,00. Se a situação for recorrente, a multa pode aumentar, ou seja, mexendo no bolso das pessoas, muitas leis ganham eficácia. Em outras cidades, como no Paraná (PR), já existem leis parecidas com fiscalização mais forte, inclusive com possibilidade de prisão”, ressalta. 

Ele pontua que a lei não fala em recolhimento automático. “A ideia é instruir o tutor sobre como o animal deve viver. Mas, se o fiscal identificar maus-tratos, como um animal muito magro ou machucado, ele poderá encaminhá-lo ao Núcleo de Bem-Estar Animal, que fará o tratamento e cobrará os custos do tutor”, finaliza.

Segundo o vereador, a Sessão Ordinária contará também com a participação do cão comunitário Jack, um exemplo simbólico do município. Caso seja aprovado, o projeto seguirá para sanção do prefeito Vagner Espíndola (PSD), que emitirá um decreto regulamentando a lei em Criciúma.

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