Cuidados

Entenda porque a constipação intestinal é mais comum entre as mulheres

Doença pode ser alerta para complicações mais severas

Por Bárbara Barbosa - barbara.barbosa@engeplus.com.br

Em 07/05/2018 às 13:45
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Foto: Divulgação

Seja por influência de questões culturais, tabus ou desordens fisiológicas, uma das maiores reclamações femininas quando o assunto é saúde intestinal ainda é a prisão de ventre. Em casos específicos, a constipação intestinal pode até ser um alerta para câncer de intestino. No mês em que se comemora o Maio Roxo e a conscientização a respeito de doenças inflamatórias intestinais, a coloproctologista Denise D’ávila Búrigo alerta para a disfunção que atinge pelo menos 30 milhões de brasileiros, e desse total, 75% são mulheres.

Segundo a médica, alguns fatores influenciam a alta incidência da doença em mulheres. “As questões culturais realmente tem uma forte influência para essas mulheres. O maior entrave é o tabu social. Elas se sentem reprimidas ou envergonhadas, justamente porque desde pequenas escutam que meninas precisam ter modos e que isso é coisa de menina mal criada. O próprio ciclo hormonal também Mas claro, temos que investigar se há outras desordens anatômicas ou fisiológicas em questão”, arremata a coloproctologista.

“É uma doença bem desconfortável, porque afeta diretamente o humor das pessoas, causa distensão abdominal, cólicas, fora que foge do ciclo natural. Algumas mulheres ficam até três semanas sem irem ao banheiro”, afirma ela. De acordo com a médica, a bibliografia médica estabelece em termos gerais o período adequado para o ato evacuatório. “Dentro da normalidade seria o seguinte, ir ao banheiro três vezes por dia ou evacuar uma vez a cada três dias. Dentro disso, seria o padrão, mas isso é muito particular e tem que ser avaliado de caso a caso”, completa.

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A primeira orientação da coloproctologista para esses casos é a mudança de hábitos de vida. “Entender a importância da alimentação é essencial, por exemplo. Consumir mais fibras, tomar mais água, praticar exercícios físicos, consumir menos carne vermelha e bebidas alcoólicas são alguns dos comportamentos que já podem surtir um efeito bem legal na paciente”. Se mesmo com um novo estilo de vida, a paciente continuar se queixando da doença, o especialista parte para uma investigação para identificar outras causas da doença. “Pode ser anatômica, de incoordenação, ou por conta da frouxidão do assoalho pélvico, como pode ser para algumas mulheres que já tiveram diversas gestações”.

A médica deixa o alerta, especialmente, para quando as mudanças intestinais forem bruscas. “Tem que avaliar rapidamente, porque pode ser um alerta para doenças mais graves, como, por exemplo, câncer de intestino”, finaliza.

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