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Infecção nas tubas uterinas pode levar à infertilidade

Aproximadamente 12% das adolescentes têm no mínimo um episódio de DIP antes dos 20 anos

Por Redação Engeplus

Em 24/03/2018 às 17:13
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Foto: divulgação

A prevenção sempre é a melhor maneira de cuidar da saúde. Entretanto, na juventude, isso pode não ser tão lembrado e algumas mulheres acabam se descuidando na hora de manter relações sexuais. E uma relação sexual desprotegida pode levar ao desenvolvimento da Doença Inflamatória Pélvica (DIP), sendo a infecção das tubas uterinas, a salpingite, uma das piores sequelas da doença.

Estima-se que em 85% dos casos, a DIP é causada por micro-organismos sexualmente transmissíveis. Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 1 em cada 4 mulheres com DIP irá ter sequelas em longo prazo, como a infertilidade, que pode afetar até 40% das mulheres diagnosticadas com a doença. 

O que é DIP?

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Segundo o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante, a DIP é uma infecção do trato genital superior, que acontece quando as bactérias ultrapassam o colo uterino, atingindo o útero, tubas uterinas e ovários. “Hoje sabemos que é uma infecção polimicrobiana, ou seja, vários micro-organismos podem estar envolvidos no desenvolvimento desta condição. Estima-se que 70% das infecções genitais são causadas por Clamídia, Gonococo, Mycroplasma e Ureroplasma”, explica o ginecologista.

Nem sempre há sintomas presentes

As manifestações clínicas da DIP são muito diversificadas e isso pode atrasar o diagnóstico. Outro ponto é que algumas mulheres são assintomáticas e só descobrem o problema ao tratar a infertilidade.

“A dor pélvica é uma manifestação importante, assim como corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, odor vaginal forte, dor abdominal abaixo do umbigo, febre e dor durante o exame ginecológico. Algumas mulheres podem ainda apresentar sangramento uterino anormal, dispareunia (dor na relação sexual) e dor para urinar”, diz Dr. Edvaldo.

Mulheres jovens são principais vítimas

As mulheres jovens, entre 15 e 25 anos, representam o principal grupo de risco. Estima-se que aproximadamente 12% das adolescentes sexualmente ativas têm no mínimo um episódio de DIP antes dos 20 anos de idade. Além disso, início precoce de atividade sexual e múltiplos parceiros são importantes fatores de risco.

Tratamento

Após o diagnóstico, o tratamento geralmente é clínico com uso de analgésicos, antibióticos e retirada do DIU (dispositivo intrauterino). Entretanto, quando não há resposta do organismo à terapia medicamentosa, pode ser necessário realizar abordagem cirúrgica – videolaparoscopia- para drenar possíveis abcessos tubo-ovarianos.

“Os abcessos que se formam nas tubas e nos ovários podem se romper, disseminando a infecção para outros locais, o que é uma emergência médica”, explica Dr. Edvaldo.

Prevenção

A melhor prevenção é usar o preservativo em todas as relações sexuais e procurar diminuir o número de parceiros. Também é fundamental que as mulheres na faixa etária de risco consultem o ginecologista regularmente.

Colaboração: Agência Health

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