Inquérito

Com um preso, investigação busca localizar demais envolvidos no sequestro em Criciúma

Vítima foi resgatada cerca de 24 horas depois do crime

Por Redação Engeplus

Em 24/08/2023 às 16:05
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Foto: Thiago Hockmüller/Portal Engeplus

As Forças de Segurança de Santa Catarina divulgaram em entrevista coletiva no final da manhã desta quinta-feira, dia 24, os detalhes envolvendo o sequestro e a libertação da menina de 11 anos, ocorrido na noite de quarta-feira, dia 23, em Criciúma. A menina foi resgatada por volta das 23h da quarta-feira. Ela estava com pés e mãos amarradas e olhos vendados e foi deixada à beira de uma estrada no município de Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul. Até o momento uma pessoa foi presa. A investigação prossegue visando a responsabilização dos demais autores. 

De acordo com o delegado Anselmo Cruz, titular da Delegacia de Roubos e Antissequestros da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Dras/Deic), a menina foi sequestrada quando ela e o pai chegavam em casa, após assistir uma partida de futebol. Ao ver uma corrente no portão de entrada, o pai da menina estacionou o carro em via pública e, em seguida, chegaram cinco criminosos em dois veículos. Na abordagem, o pai da menina tentou reagir, sem sucesso. 

Os criminosos saíram do local levando a menina. O primeiro contato dos sequestradores com a família foi por volta das 6 horas, por meio de uma rede social. As equipes da Dras e da Divisão de Investigação Criminal de Criciúma (DIC), que já estavam mobilizadas, começaram a realizar diligências não só para apurar o crime, mas principalmente para preservar a vida da vítima.

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Durante todo o período – cerca de 24 horas – em que esteve sob controle dos criminosos a menina foi mantida amarrada no porta-malas dos veículos. Até o momento sabe-se que eles usaram pelo menos três carros, sendo que um foi incendiado e outros dois abandonados. O fato de não ser um cativeiro fixo dificultou ainda mais os trabalhos da polícia, pois aumenta o risco à vida do refém. 

“O que tivemos foi a posição da refém sendo levada para fora de Santa Catarina durante a tarde e a noite foi constatada essa situação, que demonstra esforço e preocupação para que a ação policial fosse frustrada. Por conta desta situação houve contato da polícia com um advogado criminalista que teria interlocução com os autores no sentido de colaborar. O desfecho foi a libertação dela, sendo deixada amarrada pelas mãos e pés e vendada à beira da estrada na região de Três Cachoeiras (litoral Norte do Rio Grande do Sul)”, afirmou o delegado. 

Anselmo Cruz contou ainda que após a Polícia Militar atender à ocorrência, a DIC de Criciúma mobilizou suas equipes e começou a trabalhar junto com a Dras. A Polícia Civil, por meio de suas especializadas, começou um trabalho silencioso que nem a família da vítima consegue ver, cujo objetivo é garantir a vida do refém.

O delegado Yuri Miqueluzzi enfatizou a união das forças de segurança e destacou o papel dos agentes e escrivães de polícia durante todo o período do sequestro. Para ele duas palavras definem o trabalho das últimas 24 horas: “Complexidade, porque é tudo diferente e sucesso porque a menina já está a salvo, com seus familiares”. 

Em sua manifestação, a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Fronza, relatou que desde que tomou conhecimento do fato, a PCI montou uma força-tarefa para começar o processamento dos vestígios a fim de contribuir com a investigação.

O secretário adjunto, Freibergue Rubem do Nascimento, destacou a liderança de todo o processo conduzida pelos delegados da Dras, Anselmo Cruz, e da DIC de Criciúma, Yuri Miqueluzzi. “A SSP deu seu contributo por meio de suas polícias chegando a um resultado muito bom. Temos forças policiais de alto gabarito”, disse.

Em nome da Polícia Militar, o tenente-coronel Vilson Schlickmann destacou que a PM começou as rondas ostensivas, imediatamente após o fato, mobilizando suas equipes de inteligência, compartilhando informações entre as forças de segurança com foco em resgatar a menina.

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