Inquérito

Caso Thamily Ereno: polícia conclui investigações e pede indiciamento de motorista

Documentos encaminhados ao Poder Judiciário alegam que policial agiu em legítima defesa

Por Lucas Renan Domingos - lucas.domingos@engeplus.com.br

Em 28/04/2025 às 17:21
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Foto: Rafaela Custódio/Portal Engeplus/Arquivo

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que apurou operação realizada no bairro São Sebastião, em Criciúma, que terminou com a morte de Thamily Ereno, de 23 anos. Os documentos encaminhados para o Poder Judiciário pedem o indiciamento do motorista de aplicativo por crime de tentativa de homicídio e resistência. Para os investigadores, a policial que atirou e acertou a jovem agiu em legítima defesa. 

No dia 21 de março de 2025, policiais civis, com viaturas descaracterizadas, foram cumprir um mandado de prisão contra o namorado de Thamily. O jovem, de 20 anos, é investigado por crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

Os policiais flagraram o alvo da operação entrando em um veículo e realizaram a abordagem. Conforme a Polícia Civil, o motorista do carro desobedeceu à ordem de parada e deu marcha ré na direção dos agentes, atingindo uma viatura. 

“Em uma residência próximo ao local dos fatos, os policiais da Delegacia de Homicídios de Criciúma apreenderam um cartão de memória de uma câmera de vigilância. Embora o aparelho não monitorasse as imagens do local, foi possível capturar os sinais sonoros da abordagem. Ao analisar os dados, verificou-se que durante a abordagem os agentes deram ordens claras de ‘polícia’ e ‘saia do carro’”, diz nota publicada pela Polícia Civil e assinada pelo delegado Túlio Falcão, responsável pela investigação. 

A policial reagiu e efetuou o disparo. O tiro atingiu a cabeça de Thamily, que estava no banco traseiro do carro. “No que toca a conduta da policial civil, as provas colhidas (oitivas dos envolvidos, documentos anexados e perícias realizadas) corroboram que a agente agiu em legítima defesa contra a injusta agressão iminente provocada”, completa o texto divulgado pela Polícia Civil.

O motorista do carro chegou a ser preso, mas teve a sua prisão preventiva revogada. “Para a defesa, o desfecho do inquérito policial não trouxe grandes surpresas, considerando o desenvolvimento da investigação até o momento, especialmente porque, desde o dia dos fatos, essa já era a conclusão antecipada pela própria polícia civil”, disse Eduarda Viscardi, responsável pela defesa do motorista. 

O namorado de Thamily segue indiciado apenas no inquérito policial que já respondia por suspeito de envolvimento em crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. O delegado regional André Milanese informou que a policial não foi afastada, tirou licença e atualmente está em período de férias.

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