Suporte necessário

Violência doméstica: ações de proteção oferecem apoio para vítimas em Criciúma

Combate deixou de ser uma luta silenciosa com iniciativas das Polícias Militar e Civil

Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br

Em 12/06/2025 às 15:46
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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Com base nos dados da Polícia Civil, em comparação ao ano de 2024, os casos de feminicídios aumentaram neste ano em Criciúma, com o registro de quatro casos nos primeiros seis meses, sendo o dobro no mesmo período do último ano. Porém, o combate à violência contra as mulheres, não precisa mais ser uma luta silenciosa e solitária. Com projetos e redes de apoio, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar (PM), as vítimas contam com iniciativas de proteção disponíveis no município.

Embora tenham aumentando em Criciúma, os casos de feminicídio tiveram uma redução em Santa Catarina. Conforme uma divulgação recente feita pelo delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, em comparação ao ano de 2024, o crime teve uma redução de 26,68%. Os dados foram informados nessa quarta-feira, dia 11.

Sendo assim, para ajudar na redução de casos e dar apoio as vítimas, Criciúma conta com determinadas iniciativas, como, por exemplo, a Rede Catarina, um programa desenvolvido pela Polícia Militar desde 2017, que atende atualmente 882 mulheres, espalhadas pelos municípios de Criciúma, Siderópolis e Treviso. Já a Polícia Civil conta o projeto ‘PC por Elas’, realizado em todo Estado de Santa Catarina.

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Primeiro passo, a busca por ajuda

Conforme a cabo da Polícia Militar, Martina Silvestre de Brida Gregório, a Rede Catarina conta com a participação de dois policiais, responsáveis pelos atendimentos aos casos de violência doméstica na Associação de Municípios da Região Carbonífera (AMREC). Nestes oito anos de iniciativa, mais de 3,1 mil mulheres foram atendidas pela rede de apoio da Polícia Militar.

“Com a Rede Catarina, nossa principal finalidade é a fiscalização das medidas protetivas de urgência, que as vítimas solicitam na Delegacia de Polícia após a confecção do boletim de ocorrência. Por meio da solicitação, recebemos esta medida e começamos a fazer o acompanhamento das vítimas e dos agressores”, explicou, em entrevista ao Portal Engeplus.

Vítimas contam com apoio da Polícia Militar e Polícia Civil. (Foto: Arquivo Agência Brasil)

Porém, para receber o acompanhamento da guarnição, a cabo informou que o primeiro passo é ter a coragem de pedir ajuda. Segundo Martina, o serviço é disponibilizado 24 horas, onde as mulheres podem solicitar a ajuda pelo Botão de Pânico, que pode ser acessado pelo aplicativo PMSC Cidadão. Após ser acionado, a viatura mais próxima socorrerá à vítima.

“Esta função não está disponível para todas as mulheres, apenas aquelas que solicitaram as medidas protetivas de urgência na Delegacia de Polícia. A violência doméstica é silenciosa, que não tem corpo, raça ou classe social. Este é um programa que vale a pena, pois essas vítimas terão a Polícia Militar como referência. Damos apoio para tudo e seremos amigos dessas mulheres”, acrescentou.

Iniciativas de conscientização

Assim como a Polícia Militar, a Polícia Civil também conta com iniciativas para as vítimas de violência doméstica, como o programa Polícia Civil por Elas, desenvolvido em toda Santa Catarina. De acordo com a psicóloga da Polícia Civil de Criciúma, Samira Macarini, a iniciativa conta com ações de grupos reflexivos com mulheres, adolescentes e, até mesmo, com homens que praticam à violência doméstica.

“O foco em Criciúma é as ações com adolescentes nas instituições de ensino, principalmente para prevenirmos atitudes de violência doméstica nos relacionamentos. Porém, também contamos com a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), que é uma estrutura especializada com atendimentos psicológicos para esses tipos de casos no município”, destacou.

Para a psicóloga, nesses tipos de ocorrências, é importante buscar ajuda quanto antes, já que a Lei Maria da Penha aponta quatro tipos de violência, sendo moral, psicológica, patrimonial e física. “Todas as mulheres têm o direito de registrarem um boletim de ocorrência e pedirem ajuda. As vítimas não podem esperar uma violência mais grave acontecer”, concluiu Samira.

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