Test drive

Impressões em 60 minutos - Fiat Mobi Drive

Portal Engeplus testou o compacto da marca italiana

Por Redação Engeplus

Em 06/03/2017 às 15:17
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Especial: Vinícius Alexandre R. Fabrício

Voltando aos compactos, tive a oportunidade de testar uma novidade: o Fiat Mobi Drive. 'Como assim, novidade?' Vão logo pensar os mais atentos, mas explico. Apesar de ter as vendas iniciadas por volta de abril de 2016, o Fiat Mobi chegou ao mercado nacional com o motor 1.0 de quatro cilindros e agora, e somente na versão Drive, a testada, o consumidor pode ter acesso ao moderno motor 1.0 de três cilindros, que promete entregar mais desempenho e menor consumo de combustível.

Nossa, o carro é mesmo compacto, percebo logo após receber a chave e me aproximar do veículo para dar inicio ao teste. Contudo ao ter acesso ao interior percebe-se que apesar de pequeno os engenheiros conseguiram aproveitar bem o pouco espaço disponível.

No geral o acabamento, apesar de praticamente todo em plástico, é sóbrio e demonstra ter sido feito com cuidado, variando entre as cores preta e cinza. Os bancos são bem revestidos de tecido cinza com alternância de tons claros e escuros e o do motorista conta com regulagem de altura. O volante de três pontos é bonito e completo, possuindo controles de som, telefone e computador de bordo, e que também possui regulagem de altura (mas não de profundidade).

No painel os mostradores principais, de velocidade, combustível e rotações do motor são analógicos e ao centro existe uma tela digital onde são mostradas as informações relativas ao computador de bordo e multimídia. No console central estão os controles analógicos do ar-condicionado e uma tomada auxiliar de energia. 

No teto, além do tradicional espelho retrovisor que já aproveito e regulo, encontro um porta-objetos e um espelho móvel auxiliar, que creio deve ter como finalidade possibilitar a visão do banco traseiro sem que seja necessário desregular o espelho principal. No local onde estaria uma alça de teto existe um porta óculos.

Regulo os amplos retrovisores externos através dos comandos elétricos na minha porta e me preparo para sair da concessionária e iniciar o tradicional teste de 30 minutos em trecho urbano, e de 30 minutos em trecho rodoviário.

O motor é silencioso e logo mostra a sua vocação urbana, pois tem torque disponível em rotações mais baixas (se comparado a um 1.0 de quatro cilindros) entregando assim um desempenho satisfatório no anda e para da cidade. Isso se torna ainda mais evidente quando percebo que no painel digital do computador de bordo existe uma espécie de “shift light” que sugere ao motorista as trocas de marcha, sempre ainda em baixas rotações. Aí deve estar o segredo para o consumo anunciado pela montadora.

O câmbio é manual de 5 velocidades e apesar da alavanca parecer comprida (o que de fato é), os engates são fáceis e precisos. O carro possui airbag duplo e freios ABS que são suficientes para parar com segurança e fazer os pneus Pirelli cantarem (sem travar). Em curvas mais acentuadas e frenagens de emergência é possível sentir um rolamento lateral e frontal mas nada que chegue a assustar. 

Pisando forte e deixando de lado as sugestões de trocas de marcha do computador de bordo, o motor fala alto, ganha giro facilmente acima dos 4 mil RPMs e o ronco dos 3 cilindros me agrada. Não fez feio, contudo o desempenho é o esperado e típico para um motor 1.0, mas também suficiente para eventualmente encarar a estrada ou até mesmo um pequeno trecho sem pavimentação.

E no trecho sem pavimentação o carrinho me surpreendeu, confirmando o que eu já havia sentido na cidade, pois apesar do tamanho diminuto é confortável. Ainda, a boa altura do solo possibilita um rodar sem medo de sair raspando o para-choque ou o assoalho em qualquer obstáculo (inclusive na nossa “ondulada” cidade). 

Fotografias feitas, retorno à cidade determinado a testar se realmente o carro tem a vocação urbana e para isso nada melhor do que levar o “bichinho” pra garagem.

É muito fácil manobrar. Com a função City ligada, que deixa a direção elétrica ainda mais leve, parece até brincadeira. O conjunto feito pelos retrovisores amplos, tamanho reduzido da carroceria, traseira quase reta, sensor de estacionamento e o bom ângulo de esterço deixa tudo muito simples, sendo possível estacionar com uma única manobra na maioria das vezes. 

Hora de devolver o carrinho e fico com medo de não ter combustível suficiente para chegar de volta na concessionária (me descuidei com o combustível apesar de ter sido alertado pela loja que deveria conferir antes de sair para que eles o abastecessem). Paro no posto de combustíveis e peço ao frentista para colocar 10 reais e logo sou surpreendido por uma simpática funcionária, me pedindo para espiar o carrinho. Chamou a atenção. 

Ao final do teste o responsável pela loja me tira uma dúvida que ficou na cabeça durante todo o teste. O que é aquela espécie de tampa do local onde poderia ser instalado uma central multimídia. Trata-se do Fiat Live On, que através de um aplicativo próprio, disponível para IOS e Android, permite fazer o pareamento e espelhamento de algumas funções. Aquela tampa, na verdade, é o suporte para que o celular fique fazendo as vezes da tela. 

O veículo foi cedido gentilmente pela Concessionária Unitá Fiat Criciúma.

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